O presidente da Acrimat, Mário Candia, disse que o pecuarista está se profissionalizando cada dia mais "porque essa é a exigência do mercado e temos que acompanhar as mudanças. Trabalhamos conscientes da necessidade de aumentar a produtividade, sem derrubar novas áreas, com sustentabilidade, pois a preservação ambiental é fundamental e o pecuarista deve ficar atento a todas as mudanças". A declaração foi dada durante o evento Famato em Campo, realizado em parceria com a Fazenda Arrossensal, do Grupo Camargo Correia, no município de Nortelândia.
O presidente da Acrimat, Mário Candia, disse que o pecuarista está se profissionalizando cada dia mais “porque essa é a exigência do mercado e temos que acompanhar as mudanças. Trabalhamos conscientes da necessidade de aumentar a produtividade, sem derrubar novas áreas, com sustentabilidade, pois a preservação ambiental é fundamental e o pecuarista deve ficar atento a todas as mudanças”. A declaração foi dada durante o evento Famato em Campo, realizado em parceria com a Fazenda Arrossensal, do Grupo Camargo Correia, no município de Nortelândia.
“O pecuarista ganha muito com a troca de experiência e esse é um bom caminho para que conheça novas técnicas e implante em sua propriedade, pois hoje quem não se profissionaliza está fora do mercado. Hoje enfrentamos muitas barreiras comerciais, tanto sanitárias como ambientais, e temos uma grande preocupação em produzir sem ônus ambiental, mas sem esquecer que somos responsáveis pela produção de alimento. Não somos vigaristas, como disse de forma infeliz e destemperada o Minc (ministro do meio ambiente) e sim produtores de alimento”, disse Candia.
O governador Blairo Maggi, também falou do assunto e disse que “esse foi mais um momento de destempero do ministro Minc, atacando os produtores, pois ele também já me atacou diretamente. Sabemos que tem gente que não presta em todos os setores, mas não podemos generalizar”.
Para Maggi, o meio ambiente é preocupação de todos e o produtor esta se adequando as novas regras, “o que antes era certo agora é errado e não tivemos tempo de concertar tudo que é necessário”. O governador alertou de que “somos os maiores produtores de grãos e temos o maior rebanho do Brasil, preservando 63% de nossa área, que permanece intocável, ocupamos 8% das nossas terras com agricultura e 26% com a pecuária e temos muito para crescer”.
Para o diretor da Arrossensal, Luis Antonio Felippe, o pecuarista está mudando sua cultura e buscando se integrar mais. Não existe mais a idéia de que o gado esta invadindo a Amazônia, pois estamos trabalhando para aumentar nossa produtividade, com sustentabilidade, sem desmatar.
Uma das formas disso acontecer, segundo Felippe, é a integração lavoura-pecuária, e “hoje o pecuarista tem que aprender a ser um pouco agricultor e o agricultor um pouco pecuarista, e esse foi um grande diferencial para a nossa fazenda, a integração lavoura e pecuária. Felippe explica que “conseguimos produzir duas safras em um ano e a segunda aproveitamos para investir em confinamento, como forma estratégica de negócio. A mistura lavoura-pecuária está dando certo”. Ele acrescenta que o pecuarista deve investir em diversas ferramentas em busca de melhorias da pastagem, genética e preservação ambiental”.
A fazenda Arrossensal tem um bom exemplo dessa integração lavoura-pecuária. Ela iniciou suas atividades com exploração da pecuária, mas ao longo do tempo foi diversificando para a atividade de agricultura com cultivo, na área de 68 mil hectares, de soja, milho safrinha e sorgo. Hoje o abate que acontecia com animal de dois anos agora acontece com 18 meses, através do confinamento. “Precisamos de uma área menor para produzir e um tempo menor para abater, todos ganham com isso, inclusive o meio ambiente”, disse Felippe.
O presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso, Fernando Porcel, pediu empenho da classe política do Estado para que seja derrubada a visão de que a pecuária é a principal responsável pelo avanço da destruição da floresta amazônica.
O presidente enfatizou que se deve distinguir o produtor que trabalha legalmente daqueles que promovem crimes ambientais. “Gostaríamos de ser tirados desta parte que é da invasão de terras da União. Existe gente cometendo crime ambiental sim, mas não podemos deixar isto passar em branco”, declarou Porcel.
“Precisamos separar a pecuária desta da grilagem de terras da União, que se aproveita da falta de fiscalização destas áreas”, ponderou o representante. Para uma plateia formada pelo governador Blairo Maggi, o vice Silval Barbosa, deputados estaduais, federais, secretários, vereadores, empresários, entre outros participantes, o presidente da Acrinorte cobrou maiores linhas de crédito para o setor pecuário.
As informações são do Só Notícias, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.