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Acrimat: produtores não aceitam proposta do Mataboi

Durante reunião com 200 produtores que querem receber R$ 20 milhões do Mataboi realizada na manhã desta quarta-feira (15) em Rondonópolis (MT) ficou decidido que esses não aceitam a proposta apresentada pelo frigorifico.

Durante reunião com 200 produtores que querem receber R$ 20 milhões do Mataboi realizada na manhã desta quarta-feira (15) em Rondonópolis (MT) ficou decidido que esses não aceitam a proposta apresentada pelo frigorifico.

A proposta aos pecuaristas feita pelo Mataboi com créditos até R$ 60 mil é de pagamento integral em 4 pagamentos trimestrais de 25% do valor total deste grupo de credores. Quem tem crédito acima dos R$ 60 mil, receberá após um período de carência de 12 meses, em 12 pagamentos trimestrais de 8,33% do crédito de cada credor.

“Não aceitamos isso e queremos que o teto do pagamento aumente para R$ 100 mil ou que todos os credores, independente do valor da dívida, tenham acesso aos R$ 60 mil e não somente os que têm crédito até esse valor”, disse o presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis e representante da Acrimat, Marco Túlio Soares.

“Vamos mobilizar os credores de todos os estados que fazem parte do processo do Matoboi para que tenhamos uma só proposta e assim estaremos mais fortalecidos para a primeira assembleia geral dos credores, que deve acontecer ainda este ano”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

A dívida do Mataboi com os pecuaristas de Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás é de R$ 120 milhões, sendo R$ 20 milhões só com os produtores de gado mato-grossenses. Com os bancos o débito é de R$80 milhões e demais credores R$ 50 milhões. “Todos nós temos que permanecer alinhados para defendermos nossos direitos, pois sozinhos não temos força”, ressalta Marco Túlio.

As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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  1. Márcio Vinícius Ribeiro de Moraes disse:

    Acrescento ainda que se somarmos os abates diários das plantas de Araguari-MG, Santa Fé-GO, Três Lagoas-MS, Araçatuba-SP e Rondonópolis-MT, no último mês antes do calote do frigorífico Mataboi, que era de 2.800 cabeças/dia. Isso renderia aos caixas do Mataboi aproximadamente 90 milhões de reais, recebidos da venda da carne dos últimos 30 dias, o detalhe é que este, já esta no caixa do grupo (mataboi).

    E somando o valor da causa ganha no STF do Funrural no valor de 46 milhões, e ainda bens em rebanho bovino, fazendas e imóveis, concluimos que essa primeira proposta é muito ruím para o pecuarista, e o frigorífico Mataboi tem condições de sobra para melhorar a proposta antes da primeira assembléia, caso contrario isso aumentará as chances de uma possível falência do frigorífico, o que é ruím para todos.

    Pedimos união da classe, e que todos os sindicatos rurais das cidades envolvidas, se únam para termos forças suficientes na votação nesta primeira assembléia.