A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) está em estado de alerta quanto ao rumo das negociações comerciais entre o grupo formado pelos cinco maiores frigoríficos do País, uma ONG e a Abras, para a certificação de origem da carne no Brasil. "É muito perigoso e assustador saber que os cinco maiores frigoríficos do País, sejam pautados por uma ONG, e pressionados pelo setor varejista, alegando preocupação ambiental, mas com nítido interesse comercial", disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) está em estado de alerta quanto ao rumo das negociações comerciais entre o grupo formado pelos cinco maiores frigoríficos do País, uma ONG e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), para a certificação de origem da carne no Brasil.
“É muito perigoso e assustador saber que os cinco maiores frigoríficos do País, sejam pautados por uma ONG, e pressionados pelo setor varejista, alegando preocupação ambiental, mas com nítido interesse comercial”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
As constantes notícias das negociações entre os três setores estão causando revolta entre os produtores de Mato Grosso. O representante da região do Arinos no Norte de Mato Grosso, Luis Fernando Conte, diz que considera “ultrajante que frigoríficos, ONGs e Associação Brasileira de Supermercados (Abras) façam acordos sem a participação do segmento produtivo, uma vez que este é quem impulsiona toda a atividade”.
Para ele, está havendo uma “inversão de valores nesse debate já que estamos assistindo grandes grupos frigoríficos, Ongs e a Abras darem as cartas, ditando regras e nos impondo normas de maneira que a nós pecuaristas, resta apenas o ônus ambiental”.
Fernando Conte ainda ressalta que “é preciso que haja uma conscientização no sentido de alertar aos três segmentos, que carne não nasce em câmaras frias, escritórios de engravatados e muito menos em gôndolas de supermercado. Creio que mais uma vez estamos diante do atropelo do bom senso, caminhando a passos largos para o “fim da picada”.
Para a Acrimat, a situação torna-se mais grave quando se sabe que a certificação de origem da carne é uma pauta do GT Sustentável, mas que não está se posicionando e nem ocupando este espaço. “O GT Sustentável é o fórum nacional que reúne representantes de toda cadeia produtiva da carne, inclusive os cinco maiores frigoríficos do país, ONGs e varejistas”.
Enquanto isso, movimentos paralelos, com participação dos próprios membros do GT da Pecuária Sustentável, ditam regras para os demais seguirem. A Acrimat participa desse fórum e tem cobrado um posicionamento firme de enquadrar seus membros a um comportamento único e responsável, pois hoje o que acontece, é que esse movimento paralelo fala uma coisa nas reuniões e outra fora, usando de forma espúria, um assunto tão sério”, disse Luciano Vacari.
“Até quando vamos brincar de encontrar alternativas viáveis e baseadas em fatos científicos para uma produção sustentável? Hoje essa ONG que quer ditar regras para o setor, não constrói nada, só critica simplesmente para justificar os recursos que recebe. O produtor sabe muito bem dos seus deveres, mas não aceita ser pautado por inconsequentes”, reagiu o superintendente da Acrimat.
As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Eu nunca imaginei que algum dia tivesse que ler uma notícia tão estarrecedora como esta.
Os ruralistas e o Governo estão fazendo um trabalho minucioso para encontrar uma saída coerente para o setor produtivo que é a elaboração de uma Lei ambiental que realmente atenda as necessidade de todos e mantenha o Brasil como a futura potência em produção agropecuária.
E estes frigoríficos que estão fazendo o monopólio da carne, se juntam a ONG para ditar regras para os produtores.
Isto é um descompasso para a cadeia produtiva,.
Parabens a ACRIMAT, tem que tomar uma providência em relação a esse acordo, ONG não planta, não cria nem engorda, não produz, não industrializa, não vende, ou seja não faz nada a não ser dar palpite, e agora juntamente com os chamados grandes frigoríficos quer mandar no produtor.
Tem algo estranho nisso.
essa é a nossa realidade hoje, sentam na mesa 7 pessoas que representam toda parte do boi quando esse ja esta na industria e decide todo o destino de milhões de pecuaristas, até quando isso vai acontecer? até nos pecuaristas resolvermos virar o jogo e unirmos, nos somos a base de todos essas industrias, e nada para em pé sem uma base sólida.
O MT acabou se continuar assim ,quem nao tomou multa da fema , agora vai tomar , e grande com a l.a.u. o q fazer .
Graças a Deus o brasileiro tem memoria curta !!!!!!!!!
Muito pouco tempo atras os frigorificos do M.S. exigiam todos os bois certificados,não para premiar os animaes certificados mas sim para descontar R$2 dos não certificados que eram agrande maioria
É importantr observar que naaquela epoca nenhum comprador nacional ou extrangeiro sonhava com certificados mas os frigorificos ja zelavam pela puresa do nosso rebanho.
Amigos do M.T.preparem-se para grandes descontos nos preços da @ pois os frigorificos guardiães da puresa bovina e ecologica, protetores dos pobres consumidores agirão com todo o rigor a não ser que o pecuarista aceite um preço vil, quando serão plenamente perdoados, e as exigencias esquecidas
Mas a maior piada é que o projeto é do Ronaldo Caiado fundador da extinta U.D.R. ruralista radical. Sem comentarios, afinal os frigorificos são potencias financeiras mas não tem relações com o M.S.T.
Os frigorificos adoram novas regras cada vez mais severas para a pecuaria pois sempre as utilizaram para descontos no preço da @
Realmente é o fim da picada!!!
Não seria o caso de viabilizar a exportação de animais vivos? Assim como Santa Catarina esta fazendo?
Se a luz no final do tunel estava apagada, agora a porta do tunel esta se fechando……
Façamos alguma coisa!!!!!!
Parabens a ACRIMAT.
Aproveito este debate para deixar bem clara a posição da ABRAFRIGO sobre este assunto. Há vinte dias atrás fomos convidados pela ABRAS-Associação Brasileira de Supermercados para participar de uma reunião em São Paulo sobre o Programa de Certificação. Durante uma hora e meia ouvi a apresentação por uma técnica da SGS, empresa contratada pela ABRAS para formatar este programa.
No final da apresentação, fui instado a comentar o que acabava de ser apresentado. Eu disse o seguinte : 1) que o programa estava bem concebido; 2) que na prática não iria funcionar, pois além de extremamente complexo e de dificil assimilação pelos pequenos e médios frigoríficos e também pecuaristas, intefereria inclusive na gestão das empresas e propriedades pecuárias; 3) que o Ministério da Agricultura está há dez anos tentando implantar o SISBOV, sem sucesso, tanto que delegou para a CNA a gestão deste sistema de rastreabilidade; 4) que o prazo que os supermercados querem implantar este programa é extremamente curto e que dificilmente até os pequenos e médios supermercadistas fariam a adesão nele; 5) que um sistema de rastreabilidade implica em custos adicionais para o produtor e para a indústria, e que provavelmente eles não gostariam de pagar mais pelo preço da carne, até porque isto poderia diminuir as suas já elevadas margens de lucro nos produtos de origem animal; 6) que o estoque de propriedades ERAS, ao invés de aumentar, tende a diminuir, face o desânimo dos podutores com o SISBOV.
Posteriormente, participei de uma reunião na CNA onde afirmei a nossa posição contrária a este programa, com aparência de proteger o meio-ambiente, mas que no fundo serve para outros propósitos comerciais suspeitos.
No dia 07 de dezembro, próxima 2ª feira, a ABRAS vai criar oficialmente o programa. Vamos acabar assistindo uma luta entre si de dois colossos : o dos grandes frigoríficos contra os grandes supermercados. Será ?
O que é mais facil? reunirem 05 donos de frigurificos, 01ou 02 ongs e uns 04 grandes redes de supermercados em uma reunião prazerosa, nem digo o que vão comer e beber, sem falar o meio de transporte, para decidirem em ganhar a mais quantos bilhões por ano, ou reunirem em um só pensamento milhoes de produtores para tentar ganhar 01 realzinho a mais por arroba.
gostaria de saber porque querem crucificar o produtor, efeito estufa, problemas climaticos, camada de ozonio, furação, tufões, inundações, preço dos alimentos, etc. eu tenho uma solução, vamos deixar a industria produzir os alimentos para o brasil e o mundo.
é pessoal estamos no mato sem cachorro, querem acabar com a gente, infelizmente não sei o que fazer.