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Aftosa: ação rápida para evitar embargo

A descoberta de um novo foco de febre aftosa no rebanho nacional, desta vez no município de Careiro da Várzea, na região leste do Amazonas, fez o governo agir rápido para evitar problemas com os principais importadores de carne. Em julho, o registro de um foco da doença em Monte Alegre, no Pará, fez a Rússia e a Argentina suspenderem as importações de carne do Brasil.

“Para evitar o que aconteceu da outra vez (o embargo), enviamos informações detalhadas sobre o foco de aftosa do Amazonas”, disse o coordenador do Programa de Sanidade do Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza. A região do Pará onde foram encontrados os animais doentes não tem autorização para exportação, mas a falta de informações detalhadas sobre o foco fez os dois países fecharem as portas para as carnes do Brasil.

Desta vez, material com informações técnicas sobre o foco de Careira da Várzea foi encaminhado para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), aos países vizinhos e aos países e blocos econômicos com os quais o Brasil mantém intercâmbio comercial. No documento, o Brasil argumenta que a região pertence ao Circuito Pecuário Norte, onde o sistema de defesa sanitária animal está em fase de implantação, e tem classificação de alto risco para a doença. Toda a produção bovina destina-se ao consumo local.

O presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, lembrou que técnicos do governo e da iniciativa privada realizam, até o final de setembro, um estudo sobre a situação sanitária do rebanho bovino e bubalino dos circuitos pecuários Norte e Nordeste.

Fonte: O Estado de São Paulo (por Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint

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