O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que São Paulo manterá as barreiras para a entrada de animais vivos e carne com osso do Paraná e do Mato Grosso do Sul, mas admitiu que pode atenuá-las nos próximos dias. De acordo com Alckmin, as portarias baixadas por ele que impedem a entrada de animais vivos e carne com osso dos vizinhos serão mantidas por precaução, porque o prejuízo que São Paulo e o Brasil teriam com um caso da doença no Estado seria muito grande.
“Precisamos tomar muitos cuidados e, se nos próximos dias as questões forem se normalizando, a gente vai atenuando a barreira sanitária. Todo o esforço precisa ser feito agora”, afirmou Alckmin, que salientou o fato de São Paulo estar a quase dez anos sem casos de febre aftosa e ser zona livre da doença com vacinação.
Desde terça-feira, o Estado de São Paulo descumpre a Instrução Normativa 34, do governo federal, que autorizou o trânsito dos dois produtos, exceto os originários de 41 cidades paranaenses e sul-mato-grossenses nas quais há comprovação, suspeita ou possibilidade de casos de febre aftosa em bovinos. O governador, que visitou São Carlos (SP) na manhã de hoje, disse ainda que seguem proibidos leilões, feiras e rodeios com animais suscetíveis à aftosa.
Em Brasília, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que a instrução normativa é apenas uma baliza para o comércio. “Ela poderá ser alterada à medida em que as questões ligadas às áreas afetadas sejam solucionadas”, disse.
Fonte: Estadão/Agronegócios (por Brás Henrique, Gustavo Porto e Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint