O Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), que representa o setor privado do Mercosul no Grupo Interamericano de Erradicação da Febre Aftosa (GIEFA), e entidades de classe do setor privado dos países sul-americanos reuniram-se em São Paulo, em 20 de março, para debater e definir ações para agilização da erradicação da febre aftosa no Mercosul.
O encontro contou com a presença de dirigentes de associações rurais e de exportadores de carne bovina do Brasil, como Marcus Vinícius Pratini de Moraes, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (ABIEC), e Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (FNPPC-CNA), além do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Pecuária (FUNADEP). Também participaram representantes da Argentina, Paraguai e Uruguai.
Sebastião Costa Guedes, presidente do CNPC e do GIEFA, apresentou proposta do grupo interamericano para definição dos recursos que serão doados pelo setor privado e das entidades dos países do Cone Sul responsáveis pela arrecadação, recepção e aplicação desses recursos necessários à erradicação da doença, sempre em sintonia com os governos nacionais.
“Sugerimos taxa de US$ 5 por tonelada de carne exportada, o que não oneraria nenhuma entidade. Para aqueles que não exportam, estudamos outra opção, como um valor por animal. Essa é uma proposta inicial, que será levada aos países pelos respectivos representantes presentes à reunião de São Paulo para debate e sugestão de alternativas”, afirma Sebastião Guedes.
Ainda na reunião, os setores privados dos países da América do Sul lamentaram a falta de transparência com que a Argentina está tratando o foco de febre aftosa na província de Corrientes.
Pela segunda vez, as autoridades sanitárias daquele país estão impedindo uma visita prevista pelo Conselho Agropecuário do Sul (CAS) e Comitê Veterinário Permanente (CVP) dos técnicos de sanidade animal dos demais governos da região à zona do foco, o que lança graves suspeitas sobre a real dimensão do problema em Corrientes.
As informações são da assessoria de imprensa do CNPC.