Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram na última semana em Maceió (AL) com a missão de realizar a chamada auditoria orientativa, cujo objetivo é conhecer de perto as ações do governo estadual no combate à febre aftosa e corrigir os rumos, quando necessário.
Os veterinários Plínio Leite Lopes e Franciane Abrantes elogiaram a iniciativa do governo estadual na divulgação e no trabalho de educação sanitária, orientando o produtor com relação à importância da vacinação, e também iniciativas como a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária, cujo anteprojeto já está na Procuradoria Geral do estado.
Mas também apontaram falhas, como a deficiência na estrutura física e de pessoal da secretaria. Atualmente, o órgão conta com 24 veterinários para a defesa animal, 16 dos quais atuando no campo.
A última auditoria desse tipo foi feita há mais de cinco anos. E, segundo Lopes, demorou tanto tempo assim porque a prioridade do governo federal se concentrava nas regiões do Sul e Centro-Oeste, responsáveis por 80% do gado bovino brasileiro.
Ele garantiu que agora o foco do governo é outro: as regiões Norte e Nordeste. “O Centro-Sul já é considerado zona livre da febre aftosa e por isso teve a atenção num primeiro momento. Agora é a vez do Norte e Nordeste”, explica.
Alagoas atualmente é considerada zona de risco desconhecido da febre aftosa. O que significa que não há, no Mapa, informações confiáveis de que o estado esteja livre da doença. O último caso registrado de aftosa em Alagoas foi em 1999.
Por ser de risco desconhecido, o estado sofre restrições quanto à exportação de produtos de origem animal. “Mas o risco é muito maior. Caso não erradique a doença, o estado pode passar a sofrer sérias restrições dos mercados internacionais, principalmente quanto aos produtos de origem vegetal também, como a cana-de-açúcar”, ressaltou o veterinário.
Fonte: A Tarde/BA, adaptado por Equipe BeefPoint