A confirmação de um novo foco de febre aftosa na Argentina pode impulsionar as exportações de carne bovina do País, acredita a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “O registro de aftosa na Argentina foi um dos fatores que sustentou as exportações brasileiras de carne bovina nos últimos anos. O novo foco pode estimular novas vendas”, afirmou o assessor da entidade, Paulo Mustefaga.
Em 2001 as vendas externas de carne bovina somaram 858 mil toneladas em equivalente carcaça. Em 2002 esse volume saltou para 1,006 milhão de toneladas e para 2003 a expectativa é de 1,3 milhão de toneladas.
Os focos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da vaca louca, na Europa e a desvalorização do Real também impulsionaram as vendas do Brasil. “Mas a saída temporária da Argentina do cenário mundial abriu o mercado do Chile para a carne bovina brasileira. Ao ano, exportamos cerca de US$ 100 milhões para o Chile”, disse o assessor.
Os pecuaristas brasileiros, no entanto, estão apreensivos. “O novo foco mostra a fragilidade do sistema sanitário da América do Sul. Quando surge um novo foco, os importadores ficam com o pé atrás, o que prejudica todos os países da região, incluindo Brasil”, disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint