Mercados Futuros – 13/03/08
13 de março de 2008
Cosalfa ajudará a eliminar aftosa de três países
17 de março de 2008

Aftosa não será erradicada até 2009

Na abertura da 35ª reunião da Comissão Sul-Americana de Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) foi confirmado que a erradicação da aftosa da América do Sul até 2009 não deverá acontecer. A situação é mais complicada na Venezuela e no Equador, onde a doença ainda é considerada endêmica, além da Bolívia, que registrou seus últimos cinco focos em fevereiro de 2007. Agora, um novo prazo poderá ser estipulado no encontro do comitê gestor do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), dia 9 de junho, no Rio.

Na abertura da 35ª reunião da Comissão Sul-Americana de Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) foi confirmado que a erradicação da aftosa da América do Sul até 2009 não deverá acontecer. A situação é mais complicada na Venezuela e no Equador, onde a doença ainda é considerada endêmica, além da Bolívia, que registrou seus últimos cinco focos em fevereiro de 2007. Agora, um novo prazo poderá ser estipulado no encontro do comitê gestor do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), dia 9 de junho, no Rio.

“Fica óbvio nas apresentações que não será possível [cumprir o cronograma]”, disse o coordenador técnico da área de enfermidades vesiculares da Panaftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa), Victor Saraiva.

Segundo ele, 95% do rebanho sul-americano de bovinos estão “sob controle”, sem registro da doença nos últimos 12 meses, mas os demais enfrentam focos que surgem todos os anos. Somando-se a Bolívia e o Norte e Nordeste do Brasil, 15% da população animal local são contabilizadas como “não-livre” da enfermidade.

Na Venezuela, que registrou cerca de 35 focos no ano passado, o presidente Hugo Chávez criou um fundo de US$ 123,7 milhões para bancar a imunização em 2008. Mesmo assim, o presidente da Federação Bolivariana dos Pecuaristas e Agricultores do país (Fegaven), Balsamino Rivas, acredita que apenas em 2012 será possível erradicar a doença em quatro dos 23 estados venezuelanos que concentram dois terços do rebanho de 12 milhões de cabeças.

A Bolívia eliminou os focos de 2007 em Santa Cruz de La Sierra e espera erradicar completamente a doença até o fim de 2009, mas o problema é a instabilidade política. Para o dirigente da Confederação Pecuária da Bolívia, Christian Sattori, a situação do serviço sanitário põe em risco o status já alcançado. Segundo ele, as fontes de financiamento para a sanidade animal se esgotaram e há “excessiva politização” do serviço sanitário.

As informações são de Sérgio Bueno, do jornal Valor Econômico.

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