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Aftosa no MS: animais infectados serão incinerados

O superintendente da SFA/MT, Paulo Bilego, confirmou que as cabeças com o vírus serão incineradas, colocadas em vala comum profunda, cobertas de cal e enterradas. “Se todo rebanho mostrar presença viral, todos terão o mesmo destino”. Ele alerta que o tipo “O” é apenas um dos sete que existem. “Não é mais nem menos perigoso”, esclarece.

Após a conclusão do estudo epidemiológico, Bilego informa que caso o fazendeiro não tenha culpa da manifestação, receberá indenização equivalente ao número de cabeças perdidas. Caso seja considerado culpado pela propagação da febre aftosa, perde este direito e ainda fica sujeito a sanções pecuniárias e administrativas.

A chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da SFA/MT, Judi Nóbrega, completa explicando que o essencial é se descobrir onde está a fragilidade do sistema.

“Temos de recuperar o status do circuito pecuário nacional”, alerta. Fazem parte do circuito os estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e parte do Paraná e Minas Gerais.

Bilego informa que o Mapa, como parte dos acordos comerciais, já comunicou a Organização Internacional de Epizootias (OIE) e todos os países dos blocos econômicos.

A febre aftosa é uma doença comercial e não uma zoonose, ou seja, que pode ser transmitida ao homem.

O Mato Grosso é considerado área livre de febre aftosa com vacinação desde 24 de maio de 2000. O último caso da doença foi registrado em 1996, no município de Terra Nova do Norte (648 quilômetros ao Norte de Cuiabá).

Bilego relembra que no ano passado dois focos, um no Pará e outro no Amazonas, estados vizinhos de Mato Grosso, prejudicaram as exportações mato-grossenses, principalmente para a Rússia.

“No acordo bilateral entre Rússia e Brasil há uma cláusula dizendo que fica automaticamente suspenso, por doze meses, o comércio com estados vizinhos da região onde o foco foi encontrado”.

Fonte: Diário de Cuiabá (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint

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