Começa na quarta-feira a campanha de vacinação contra febre aftosa no Paraná. Até o dia 20, prazo da vacinação, a expectativa é atingir cerca de 10 milhões de bovinos e bubalinos criados no Estado. Esse ano a campanha terá um reforço nos municípios que fazem divisa com a Argentina, país onde a doença ainda não está controlada.
Segundo o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Felisberto Queiroz Batista, equipes da Seab estão mapeando as áreas de maior risco. Deste mapa devem constar municípios com grande trânsito de animais, que fazem divisa com outros estados e propriedades próximas dos abatedouros.
Os animais vacinados serão identificados através de brincos. ”Nossos técnicos poderão voltar às propriedades e exigir provas de que os animais foram vacinados”, explica Batista.
Na última campanha, em novembro de 2001, 98% do rebanho paranaense foi vacinado dentro do prazo estabelecido. O restante foi imunizado depois, mediante a fiscalização dos técnicos da secretaria. A multa para o produtor que não vacinar seu rebanho este ano será de R$ 56,31 por cabeça de gado.
O Paraná já tem certificação de área livre da febre aftosa com vacinação e pretende conseguir o status de área livre sem a vacina. O Estado pretendia pedir essa certificação à Organização Internacional de Epizootias no ano que vem, mas como o Rio Grande do Sul e a Argentina apresentaram casos recentemente, o pedido deve ser adiado. ”Nossa grande meta é suspender a vacinação um dia, mas isso depende de um avanço no controle da doença em todo o bloco do qual fazemos parte”, explica Batista.
Fonte: Folha de Londrina, adaptado por Equipe BeefPoint