Em apenas dois dias no final de abril, os agentes da Patrulha da Fronteira no Sul do Texas detiveram 232 brasileiros que entraram ilegalmente nos Estados Unidos, de acordo com o The New York Times. No total, mais de 12 mil brasileiros foram apreendidos tentando cruzar a fronteira EUA-México neste ano.
Como reportado anteriormente em quatro de fevereiro pelo BEEF Cow-Calf Weekly, os EUA estão procurando deter 20 mil brasileiros que entraram ilegalmente nos EUA pelo México em 2005, depois de apenas 8,6 mil terem sido detidos no ano fiscal de 2004. Há quatro anos, o total era de somente 1200.
Conforme disse em fevereiro à BEEF Cow-Calf Weekly o consultor de desenvolvimento de negócios/administração de riscos de Boise, Idaho, Samuel Fassig, a explosão de brasileiros ilegais cruzando a fronteira é preocupante porque existem áreas em quatro estados do Norte do Brasil com casos ativos de febre aftosa. Existem também preocupações com relação à febre aftosa no Paraguai e na Argentina. Não são registrados casos de febre aftosa nos EUA desde 1929 e, no México, desde 1953.
“A introdução de febre aftosa poderia se tornar uma ocorrência natural na América do Norte com algum imigrante ilegal trazendo lingüiça ou produtos de carne bovina de uma dessas áreas contaminadas”, disse Fassig.
O crescimento da entrada ilegal de brasileiros nos EUA é atribuído à redução dos requerimentos de visto para entrada no México desde 2002. O México, diante das crescentes queixas feitas pelos EUA, está agora considerando retomar os requerimentos de visto para brasileiros. Isso, por conseguinte, tem levado a uma agitação entre os potenciais emigrantes brasileiros para entrar no México antes que as portas comecem a se fechar.
Fonte: Beef Cow-Calf Weekly (por Joe Roybal), adaptado por Equipe BeefPoint
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Acho muito interessante que seja este, um longo e errado caminho de retaliação dos USA frente à competitividade que o Brasil vem alcançando em vários segmentos do agribusiness.
Esta notícia é veiculada logo após o pedido de retaliação contra os subsídios americanos ao algodão, protocolado pelo Itamaraty na OMC.
Ora quem corre um grande risco mercadológico com a EEB, não vai se importar com uma linguiça, mas que tal usar o México como escudo para isso.
Julio Pacheco