A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou nesta quinta-feira, 29, que elevou o Brasil à condição de grau de investimento, como fez recentemente a Standard & Poor´s, outra agência externa de classificação. Isso significa que o Brasil passa a ser considerado bom pagador de suas dívidas e confiável para receber investimentos externos. Segundo a Fitch, o país "reduziu fortemente sua vulnerabilidade a choques externos e cambiais, controlou a estabilidade macroeconômica e aumentou as projeções de crescimento de médio prazo".
A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou nesta quinta-feira, 29, que elevou o Brasil à condição de grau de investimento, como fez recentemente a Standard & Poor´s, outra agência externa de classificação. Isso significa que o Brasil passa a ser considerado bom pagador de suas dívidas e confiável para receber investimentos externos.
A Fitch afirma em comunicado que o país “reduziu fortemente sua vulnerabilidade a choques externos e cambiais, controlou a estabilidade macroeconômica e aumentou as projeções de crescimento de médio prazo”. A promoção deveu-se, ainda, ao fato de que “autoridades estabeleceram uma pista segura de compromisso com inflação baixa e superávit primário que dissipou preocupações sobre a sustentabilidade fiscal de médio prazo”.
O grau de investimento é um atestado de que é relativamente seguro aplicar em papéis de determinado país. As três grandes agências que avaliam esse risco (a terceira seria a Moody`s, que ainda não elevou a classificação do Brasil) dividem os países entre os que estão no grau de especulação, ou seja, oferecem risco alto, e os que atingiram o grau de investimento, ou investment grade.
Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, a classificação das agências de risco que já concederam o grau de investimento ao Brasil não surpreende. “Os investidores já descobriram, há algum tempo, que o Brasil é um país seguro”, disse. Entretanto, na visão do ministro, a divulgação das agências de risco é importante porque reconhece que o Brasil é seguro para se investir e tem credibilidade perante o mundo.
De acordo com analistas ouvidos pela AgriPoint, é bastante provável que a agência Moody`s também eleve o Brasil a grau de investimento ainda este ano. Se por um lado o país demonstra maior credibilidade no mercado internacional, consolidando-se como bom pagador de dívidas, um maior aporte de capital vindo do exterior por conta disso poderia acentuar a desvalorização do dólar e fortalecer ainda mais a moeda nacional, prejudicando principalmente o setor exportador, caso o Governo não intervenha no mercado de câmbio.
Na quarta-feira, dia 28, o Banco Central anunciou que o setor público, pela primeira vez em um quadrimestre, teve superávit nominal no período de janeiro a abril deste ano. Isso significa que as receitas da União, dos Estados, dos municípios e das estatais, juntas, superaram todos os gastos dessas instituições, inclusive as despesas com pagamentos de juros da dívida. As informações são da Folha de São Paulo e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.