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Agricultores familiares se profissionalizam

A profissionalização dos pequenos e médios produtores, agregando valor a seus produtos, está reformulando a agricultura familiar no Brasil. A produção é voltada basicamente para o mercado interno, que obteve aumento de renda nos últimos anos. Entretanto, um dos entraves enfrentados ainda é a comercialização. O produtor aumentou a eficiência e produz mais, mas não tem volume suficiente para disputar mercado.

A profissionalização dos pequenos e médios produtores, agregando valor a seus produtos, está reformulando a agricultura familiar no Brasil, na opinião do engenheiro agrônomo e diretor da Hecta Desenvolvimento Empresarial nos Agronegócios, José Carlos Pedreira de Freitas.

Segundo o secretário de Agricultura do Paraná e especialista no setor, Valter Bianchini, a produção dos agricultores familiares – também chamada de agronegócio familiar – é voltada basicamente para o mercado interno, que obteve aumento de renda nos últimos anos.

O segredo do sucesso foi parar de competir com grandes produtores – algodão, milho e soja – e apostar no leite, frutas e hortaliças, além de se qualificar junto a institutos de pesquisa e assistência técnica.

Prova da profissionalização de boa parte desses agricultores é que todo o crédito que o Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista) colocou à disposição dos pequenos produtores na Agrifam, realizada de 2 a 5 deste mês em Agudos (SP), esgotou no segundo dia. A demanda por crédito foi de R$ 5 milhões, sendo 95% para a compra de máquinas.

Segundo Bianchini, os sinais da nova agricultura familiar vão aparecer no censo agropecuário que está sendo realizado. “O censo mostrará estabilidade no número de pequenas e médias propriedades, invertendo a curva de concentração”.

Entretanto, um dos entraves enfrentados ainda é a comercialização. O produtor aumentou a eficiência e produz mais, mas não tem volume suficiente para disputar mercado, destacou o presidente da Fetapesp, Braz Albertini. Para ele, é preciso organização. “Caso contrário, vamos continuar tendo boa participação no volume, mas presença restrita no lucro. Somos dependentes do Estado”.

As informações são de Mauro Zafalon, da Folha de S.Paulo.

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