A elevação do custo dos alimentos pode ajudar a derrubar as barreiras que alguns países impõem a produtos como carnes suína e de frango do Brasil. É o que pensa Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
A elevação do custo dos alimentos pode ajudar a derrubar as barreiras que alguns países impõem a produtos como carnes suína e de frango do Brasil. É o que pensa Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Os efeitos nos custos de produção das carnes no Brasil não afetam a competitividade do país. “No momento em que (um país) se torna mais importador, é mais fácil para um país prestar atenção ao Brasil”, diz. No cenário atual, afirma ele, “aumenta a competitividade relativa do Brasil”. “Existe um ambiente favorável desde que o Brasil aproveite”, comentou o dirigente.
Entretanto, ainda não há indicação de países que, pressionados pelos preços altos na produção, estejam mais dispostos a comprar do Brasil. Apenas o Japão já mostra preocupação com o fluxo das exportações de uma maneira geral.
Hoje, o país asiático compra carne suína dos EUA e da Europa e não adquire o produto brasileiro porque não aceita o critério de regionalização para a febre aftosa. Atualmente, porém, a carne suína brasileira tem um preço 10% a 20% menor do que o produto europeu ou americano, segundo Camargo.
As informações são de Alda do Amaral Rocha, com Fernando Lopes, do Valor Econômico.