O agronegócio brasileiro vem diversificando suas fontes de financiamento e hoje apenas 30% dos recursos vêm de fontes de crédito rural obrigatório, especificamente do Plano Safra, disse Fábio Zenaro, diretor de produtos balcão, commodities e novos negócios da B3, durante o congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizado na manhã de hoje de forma totalmente digital.
Ele destacou que o setor já tinha um cenário favorável ao mercado de capitais antes da pandemia e que, com o tempo, isso vem se estruturando cada vez mais. Nesse sentido, Zenaro destacou a digitalização da Cédula de Produto Rural (CPR) e a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) em dólar como avanços importantes. Para ele, “o mercado de capitais pode contribuir como instrumento para alongar dívidas do produtor rural e captar recursos de forma mais barata”.
Pedro Fernandes, diretor de agronegócios do Itaú BBA, disse que existe hoje uma baixa correlação entre quebra de produtividade e inadimplência no setor e que o seguro voluntário é uma ferramenta vista com bons olhos para garantir a rentabilidade do negócio.
Ivandré Montiel da Silva, presidente da BrasilSegPedro, destacou que essa modalidade cresceu 40% no acumulado deste ano em relação ao ano passado e que o produtor vem buscando cada vez mais o seguro voluntário, além do compulsório.