Em maio a balança comercial do agronegócio apresentou superávit de US$ 1.391 milhões, resultado de exportações de US$ 1.728 milhões e importações de US$ 337 milhões. A participação dos produtos do agronegócio representou 38,9% do total arrecadado com as exportações brasileiras no mês de maio (US$ 4.441 milhões).
As exportações apresentaram uma queda de 21,1% com relação a maio de 2001, principalmente por conta de atrasos nos embarques de algumas commodities, motivados, segundo analistas, pela expectativa de melhores preços a partir de junho. Na comparação com abril/2002 as exportações registraram redução de 3,9% e as importações de 13,4 %, sendo que o saldo comercial manteve-se praticamente no mesmo patamar, com redução de apenas 1,2%.
Em relação ao complexo soja verificou-se queda na receita arrecadada em relação ao mesmo mês do ano anterior da ordem de 47,8% nas exportações de soja em grãos (US$ 416 milhões para US$ 217 milhões) e de 45,9% nas de farelo (de US$ 200 milhões para US$ 108 milhões). O óleo de soja apresentou um acréscimo de 11,5% ( de US$ 36 milhões para US$ 41 milhões).
O setor de açúcar apresentou desempenho positivo, em decorrência de antecipação de embarques para a Rússia, com um crescimento de 15,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior (de US$ 78 milhões para US$ 90 milhões).
A paulatina recuperação da produção de carne bovina na Europa e Argentina, principalmente, como se esperava, é o fator responsável pelo afrouxamento dos preços no mercado internacional razão pela qual o Brasil obteve receitas menores tanto com as vendas externas de carne bovina in natura (- 11,8%, de US$ 63 milhões para US$ 56 milhões) e como de frango in natura (- 33,9%, de US$ 121 milhões pra US$ 80 milhões). O volume total de carnes embarcado foi 1,7% inferior a maio passado, com redução mais significativa na carne de frango cujo volume ficou 14,7% abaixo dos excelentes resultados que caracterizaram o ano anterior, mas com crescimento de 57,8% no caso da carne suína.
O mês apresentou bons resultados nos casos do fumo (+59,8%- de US$ 102 milhões para US$ 164 milhões), no de frutas frescas (+ 32,8%, de US$ 11 milhões para US$ 15 milhões) e no de pescados (+ 28,1%, de US$ 27 milhões pra US$ 35 milhões).
As importações do agronegócio continuam em queda, basicamente por conta do crescimento das safras brasileiras de cereais, da recuperação da cacauicultura e dos avanços nos setores de frutas e pescado. Os gastos totais para o mês ficaram 22,4% abaixo do mesmo mês do ano anterior e 38,3 % em relação à média observada nos últimos 5 anos para o mês de maio, e representaram apenas 8,3 % dos US$ 4.018 milhões gastos pelo país. Os destaques ficaram por conta do algodão (- 42,2%, de US$ 14 milhões, para US$ 8 milhões) e trigo (- 38,2 %, de US$ 92 milhões para US$ 57 milhões).
Fonte: MAPA, adaptado por Equipe BeefPoint