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Alagoas comemora aumento de verba federal para sanidade

A partir de hoje, os técnicos da Secretaria Executiva de Agricultura (Seagri) de Alagoas começam a reunir-se para elaborar o plano de trabalho de combate à febre aftosa no estado. Na semana passada, o secretário executivo de Agricultura, Severino Leão, voltou de Brasília com a notícia de que o governo federal vai liberar para Alagoas R$ 1.762.761,69 para o combate à doença. O incremento em relação ao ano passado é superior a 250%. Um número animador para o setor.

O diretor de Defesa Sanitária Animal da Seagri, Hibernon Cavalcante, comemora a chegada dos recursos, mas mantém o tom crítico. “Deveria ser mais”. Ele faz duas observações para justificar a afirmação: os prejuízos causados ao Brasil pela aftosa são bem maiores do que os recursos destinados pelo governo federal no programa de erradicação da zoonose e a balança do agronegócio movimenta mais de 30 bilhões de dólares por ano e pode ser afetada diretamente por qualquer surto da doença.

Cavalcante adianta que o dinheiro é carimbado, desta forma só pode ser usado em ações específicas de combate à aftosa. “Não sabemos ainda quanto vai ser destinado para custeio e quanto vai ser destinado para investimento. A decisão é do governo federal”, disse ele, acrescentando que de forma geral terão que ser investidos recursos em informatização, capacitação, educação sanitária e em veículos.

No ano passado, mesmo com poucos recursos (R$ 500 mil de verba federal), Alagoas realizou as duas etapas anuais da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Segundo dados da Seagri, na primeira etapa da campanha, em abril, foram comercializadas 874.040 vacinas, mas os produtores só declararam a imunização de 561 mil animais. A falta da declaração prejudica os avanços na mudança de classificação.

Segundo Cavalcante, vários fatores são necessários para a mudança acontecer. Um deles é a conclusão do cadastro agropecuário, que está em andamento. Só com a conclusão do cadastro é que a Seagri terá o número exato do rebanho. Até o momento, os dados disponíveis são os do IBGE relativos a 2000, que indicam a existência de 700 mil cabeças de gado em todo o estado.

Pernambuco vai receber R$ 2,2 milhões do governo federal para intensificar o combate à aftosa. O rebanho de Pernambuco é formado por 1,5 milhão de cabeças de bovinos e bubalinos e a classificação é a mesma de Alagoas.

Fonte: Tribuna de Alagoas, adaptado por Equipe BeefPoint

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