O Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária se reuniu nesta terça-feira (25) para discutir o andamento de ações para que Alagoas evolua para zona livre de febre aftosa com vacinação.
O Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária se reuniu nesta terça-feira (25) para discutir o andamento de ações para que Alagoas evolua para zona livre de febre aftosa com vacinação.
No encontro, realizado no Palácio República dos Palmares, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) apresentou o índice de cobertura vacinal obtido na última etapa da campanha de vacinação, em novembro. O percentual de 96,77% foi o maior já registrado em Alagoas e superou em 0,4 pontos percentuais o obtido na etapa anterior, em maio. “A variação é pequena, mas representa um crescimento considerável. A partir do momento em que atingimos altos índices, o crescimento passa a ser de pouquinho em pouquinho”, avaliou Manoel Tenório, diretor-presidente da Adeal.
O volume de animais vacinados ultrapassa também o registrado pela maioria dos estados nordestinos nas últimas etapas de vacinação de 2010. Na região, Alagoas só perde para a Bahia, estado que já faz parte da zona livre e cujo índice foi de 97,93%.
Durante o encontro foi apresentado ainda um relatório encaminhado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no final de 2010, onde o órgão federal faz um comparativo dos serviços de defesa agropecuária dos setes Estados nordestinos que pleiteiam a mudança para zona livre de febre aftosa. Os estados são: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Entre os destaques no relatório está o total de notificações de suspeitas de doenças vesiculares atendidas pelos serviços veterinários de cada Estado. Com 17 atendimentos realizados, Alagoas ocupa a terceira posição neste item.
“Temos que levar em consideração o tamanho do rebanho. Se avaliarmos que o Maranhão (1° lugar) tem sete milhões de animais e fez 50 notificações, Alagoas, com um milhão e 17 atendimentos, está muito bem”, observou José Marinho Júnior, secretário adjunto de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
Ainda de acordo com o relatório, 93% das propriedades alagoanas têm registro de vacinação na primeira etapa da campanha de 2010. Índice avaliado como regular pelo Ministério. O cadastramento das propriedades, um dos mais importantes itens para obtenção do status de zona livre, também foi debatido na reunião do comitê.
Dados da Adeal apontam que a quantidade de propriedades cadastradas e georreferenciadas passou de 18,55%, em setembro de 2010, para 50,49% em janeiro deste ano.
O crescimento se deve a um mutirão, iniciado em setembro, para o georreferenciamento e complementação cadastral de todas as propriedades com animais de Alagoas. “Por causa da campanha de vacinação tivemos uma pequena interrupção, mas já estamos retomando este trabalho”, enfatiza Manoel Tenório.
O diretor garante que outras exigências do Mapa, como a redefinição do organograma técnico e plano de cargos e salários dos servidores da Adeal também estão avançadas. Estes estão entre os itens fundamentais para que Alagoas obtenha o status de zona livre de febre aftosa ainda este ano.
Além de Adeal e Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (Seagri), participaram da reunião, Superintendência Federal de Agricultura em Alagoas (SFA-AL), Polícia Militar de Alagoas, Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Associação dos Criadores (ACA), Conselho Regional de Medicina Veterinária e Sebrae.
A matéria é de Renata Amorim, da Agência Alagoas, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.