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Alagoas: produtores buscam erradicação da aftosa

Os produtores rurais de Alagoas pediram medidas urgentes do Governo do Estado para erradicar a febre aftosa. A reclamação ocorreu ontem durante a última reunião do Fórum da Agropecuária Alagoana, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas.

Ainda que não registre casos de febre aftosa há seis anos, Alagoas é considerada zona de risco desconhecido para o Ministério da Agricultura. O grande receio dos produtores diz respeito à economia: caso ocorra um único caso de aftosa em seu território, o estado sofrerá sanções econômicas, com embargos às exportações entre as quais, às de açúcar, a principal fonte do Produto Interno Bruto do Estado.

Um informe do diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura (Seagri), Hibernon Cavalcante, acentuou a preocupação dos pecuaristas: o estado de Pernambuco vai pleitear o título de zona de risco médio junto ao Ministério da Agricultura. Se o vizinho for bem sucedido, as fronteiras para trânsito de animais de Alagoas poderão se restringir ainda mais: Sergipe e Bahia estão livres da doença e já impõem restrições ao tráfego de animais alagoanos e, com o título de zona de risco médio, Pernambuco pode fazer o mesmo.

O deputado Gilvan Barros, presente à reunião, mostrou apoio aos pecuaristas e se comprometeu em marcar uma reunião entre a classe e os deputados estaduais em uma sessão especial na Assembléia Legislativa (ALE).

Por outro lado, Hibernon Cavalcante também deu notícias que reforçam o combate à aftosa no estado: os projetos para a criação da agência de defesa agropecuária e para a revogação da atual Lei de Defesa Agropecuária.

Em relação à Lei de Agropecuária, foi enviado para ALE projeto para revogação do regulamento atual. Caso aprovada, a nova lei será mais rígida com os produtores “A lei atual data de 1993 e não se previa a necessidade de erradicação da aftosa, apenas controle. Se esse projeto for aprovado, a lei terá caráter punitivo: quem não vacinar seu rebanho, não declarar vacinação e não transitar com a Guia de Transporte Animal (GTA) será multado”, explica Cavalcante.

Fonte: Tribuna de Alagoas, adaptado por Equipe BeefPoint

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