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Alemanha destaca rastreabilidade como caminho para aumento das exportações brasileiras

A correta identificação dos bovinos é o primeiro passo para assegurar as exportações para os países da União Européia. Conscientes da deficiência do Brasil em registrar seu rebanho de 170 milhões de cabeças, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha promoveu debate sobre o assunto ontem (26) durante a Expointer. A indústria alemã Hauptner Herberholz apresentou aos criadores gaúchos os mais modernos sistemas de identificação, como os brincos com chip, subcutâneos e com DNA.

A representante da Hauptner no Brasil, Edna Kotzias, estima que o Brasil exporte apenas 10% da carne que consome e que desse porcentual apenas 7% é rastreada corretamente. O diretor da empresa e idealizador dos brincos, Hans Werner Brausen, também participou do evento. “O Brasil precisa estar consciente da importância de monitorar os animais na origem e no destino. Isso não quer dizer que a medida ampliará as exportações, mas será a forma de manter o mercado”, salienta Edna.

A exportação de carne do Brasil para a Alemanha, incluindo bovinos, frangos, suínos e perus, totalizaram no ano de 2001 um volume de 2.124.837 toneladas contra as 1.348.983 toneladas registradas no ano anterior. Para este ano, o governo alemão ainda não realizou uma projeção, mas acredita que haverá crescimento. De acordo com George Mull, da Centrale Marketing-Gesellschaft der Deutschen Agrarwirtschaft (CMA), órgão alemão responsável pelo relacionamento de mercado econômico-agrário, as exportações de carnes do Brasil para o mundo deverão se acentuar ainda mais nos próximos anos.

Ele acrescenta que não é somente o aspecto da rastreabilidade que chama a atenção, mas também as potencialidades do Brasil em termos de vir a abastecer o mundo com produtos de origem agrícola. “O Brasil exporta mais carne que a Argentina anualmente, justamente pela não adoção da rastreabilidade. A Alemanha, por sua vez, registrou um aumento 33% na importação de carne de frango do Brasil na comparação entre 2000 e 2001”.

O país está representado na Expointer através da participação oficial do Ministério Federal de Proteção ao Consumidor, Alimentação e Agricultura da República Federal da Alemanha e conta com o apoio da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha local. Nas palestras realizadas na feira, os temas abordados indicaram a importância da produção da carne com qualidade, do início ao final do processo mercadológico.

Fonte: Jornal do Comércio/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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