Os empresários e autoridades alemãs que participam, em Goiânia, do 21o Encontro Econômico Brasil-Alemanha estão de olho no boi criado a pasto no Brasil. Ontem (26), durante visita à Usina Rio Negro, no município de Inhumas, a ministra alemã de Defesa do Consumidor, Alimentos e Agricultura, Renate Künast, deixou claro o interesse por esse produto e foi mais além, ao assegurar que a União Européia tem mercado para absorver vários produtos agropecuários brasileiros, bem como a Alemanha tem muita tecnologia para oferecer ao Brasil.
O principal desses produtos é a carne bovina, que tem grande potencial no mercado germânico e europeu. Renate lembrou que a imagem da carne argentina na Alemanha é muito boa, o que abriu um grande potencial para o produtor brasileiro explorar aquele mercado. Segundo ela, a União Européia tem grande interesse na importação de produtos de boa qualidade, mas é fundamental ter especificações sobre a origem e as condições em que são produzidos.
Por isso, a rastreabilidade dos animais se torna, cada vez mais, uma exigência indispensável. “Nesse campo, a União Européia aprendeu muito com a doença da “vaca louca” e está questionando mais a rastreabilidade dos produtos”, ressaltou a ministra. Recentemente, vários frigoríficos brasileiros e goianos fecharam contratos de exportação de carne em uma feira em Hamburgo, na Alemanha.
Ao ouvir as colocações da ministra alemã, o secretário da Agricultura de Goiás, José Mário Schreiner, anunciou que o governo do Estado, em parceria com as entidades pecuárias, intensificará a campanha de marketing da carne bovina goiana, bem como investirá na qualificação do produto, cumprindo, por exemplo, todos os programas de sanidade animal.
Fonte: O Popular/GO (por Lúcia Monteiro), adaptado por Equipe BeefPoint