A alta dos alimentos pode ser a responsável pela maior inflação registrada desde 2004. A perspectiva do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) é que ela pode encerrar este ano em 5%. Em 2004 o índice subiu 6,56%. Em 2007 atingiu 4,38%. Neste ano até abril, o IPC aumentou 1,57%.
A alta dos alimentos pode ser a responsável pela maior inflação registrada desde 2004. A perspectiva do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) é que ela pode encerrar este ano em 5%. Em 2004 o índice subiu 6,56%. Em 2007 atingiu 4,38%. Neste ano até abril, o IPC aumentou 1,57%.
“Facilmente o IPC chegará a 5% em 2008, se o grupo alimentação subir 11% este ano”, destacou o coordenador do índice, Márcio Nakane, informando que a inflação de abril foi de 0,54%.
Por causa desse resultado e de novas pressões de preços detectadas nos alimentos e nos produtos industriais no atacado, Nakane reviu a previsão do IPC para o ano de 4,1% para 4,5% e considerou a possibilidade de que o índice chegue a 5% em 2008.
Na estimativa de 4,5%, o economista considerou o aumento de 9% dos preços da alimentação. Mas ele próprio disse que a projeção de alta de 9% para os alimentos “nesta altura do ano é um cenário muito otimista”. Em 12 meses até abril, os preços da alimentação subiram 12,32%, quase o triplo da inflação no período. Em 2007 a comida aumentou 12,37%, informou reportagem de Márcia De Chiara, do jornal O Estado de S.Paulo.
Para se ter uma idéia do peso, sem a pressão dos alimentos e o reajuste dos remédios, a inflação teria ficado em 0,30% no mês passado. No caso das carnes bovinas, elas subiram 0,42% no IPC quadrissemanal e tiveram alta de 2,62% na ponta. O leite longa vida, com aumento de 3,48% em abril, foi outro produto que começou a pressionar a inflação, ao lado dos derivados de trigo.
“Os preços dos alimentos básicos vão continuar pressionados nos próximos meses”, lembrou Nakane. Além da escassez de oferta no mercado internacional, ele atribui uma parte da pressão à elevação de custos do setor agrícola, como fertilizantes e defensivos.