Os preços praticados no mercado de reposição não tiveram grandes alterações esta semana, mas com o aumento no valor da arroba do boi gordo na maioria das praças do país e melhora na relação de troca o mercado está bastante agitado e os preços continuam firmes.
Os preços praticados no mercado de reposição não tiveram grandes alterações esta semana, mas com o aumento no valor da arroba do boi gordo na maioria das praças do país e melhora na relação de troca o mercado está bastante agitado e os preços continuam firmes.
O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista foi cotado, nesta terça-feira, a 430,98, alta de R$ 0,48. A valorização do indicador de bezerro em uma semana foi de 0,52%, enquanto o indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista, teve aumento de 3,18%, no mesmo período, sendo cotado em 03/07/2007 a R$ 60,60/@. Assim a relação de troca é de 1:2,32.
Tabela 1. Cotações de reposição Macho Nelore 04/07/2007
O informante de mercado do BeefPoint, Eduardo Zillo Bosi de Lençóis Paulistas, afirma que a procura por bois magros (320 kg) continua alta, sendo negociados a R$ 618,00/cabeça. Ele também chama atenção para o mercado de fêmeas que está bastante agitado (novilhas de 15 a 18 meses, R$ 1,90/kg). Porém, na região, ainda não se fala em retenção de fêmeas para reprodução, a procura dos últimos dias é por fêmeas para engorda.
No Mato Grosso do Sul a oferta de animais de reposição é boa. Com os pastos mais secos muitos criadores estão ofertando um número maior de animais no mercado, mas os preços continuam firmes. O bezerro desmama é vendido a R$ 420,00 tanto na região de Campo Grande, quanto em Coxim. Mas o que mais anima os pecuaristas do MS é o preço da arroba do boi gordo que já atingiu R$ 60,00.
Em Barra do Garças/MT o mercado continua, como na maioria do país, com muita procura e pouca oferta de animais. O bezerro Nelore de 180 kg continua com preço firme de R$ 380,00, a categoria que teve maior variação de preços em relação a semana passada foi o garrote de 15 a 18 meses, valendo hoje R$ 520,00 (+R$ 40,00).
O Rio Grande do Sul tem hoje a arroba mais alta do país e também a reposição mais cara. Segundo Rodrigo Crespo do Casarão Remates, o terneiro é negociado a R$ 493,00 na região de Pelotas e o boi magro a R$ 765,00.
No Tocantins, em Araguaçu, a procura por animais para reposição continua movimentando o mercado da região, o bezerro já é vendido a R$ 400,00, enquanto o garrote está sendo negociado em torno de R$ 450,00 e o boi magro a R$ 530,00.
Para acompanhar os preços do mercado reposição acesse as tabelas completas com as cotações de machos e fêmeas.
André Camargo, Equipe BeefPoint
Como está o mercado de reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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Esta agitação no mercado quem está fazendo, são os produtores que venderam boi com 30 dias e estão recebendo hoje R$ 53,00@, preço pago no dia 5/06 a prazo, lembrando que os animais para reposição, aqui no MS, são vendidos praticamente a vista, estes produtores que estão pegando esta batata quente, no caso R$ 53,00@, querem passar para frente de qualquer forma, pois sabem muito bem que daqui para frente terão que enfrentar os concorrentes que estão chegando com mais bala, boi de R$ 55,00@, de R$ 58,00@, de R$ 60,00@ e quem sabe os de R$ 70,00@, que com certeza serão mais assediados pelos criadores. Não podemos esquecer que este ano, 2007, o mercado está fazendo o caminho inverso do que fez o ano de 2006, no ano passado quem esperou comprou melhor, este ano dançou. Daqui para frente não se assustem com os valores do quilo vivo, que deverá subir muito mais do que o valor total do bezerro, são as mágicas do setor, devido ao período seco e conseqüentemente a perda de peso. Com relação aos comentários do Sr Eduardo Zillo Bosi, quero complementar, com a sua permissão, que, as novilhas que estão sendo adquiridas para engorda, quando estiverem prontas, as de boa qualidade terão ofertas de preço acima do valor do seu peso, pelos criadores, e com certeza seguirão outro rumo.
Gostaria de saber como os frigoríficos estão vendo esta agitação do mercado, será que eles vão repassar estes custos aos novos contratos de exportação?
A crise de alimentos é mundial e ainda mais com o programa de energias alternativas (álcool, biodiesel). Alguns alimentos como leite, milho, carne estão cada vez mais caro no cenário mundial.
Cada vez mais o dólar deixa de ser a moeda de referência, os exportadores terão que negociar contratos de outra forma que não seja o dólar.
Esta na hora de empresas e pecuaristas se defenderem da política de preço baixo e lutarem por melhores produtos com valor agregado.