Os efeitos do câmbio se espalharam e impactaram ainda mais a inflação medida pelo IGP-DI, que subiu 1,09% em outubro, ante elevação de 0,36% no mês anterior. "Talvez o principal efeito do câmbio sobre os alimentos seja na carne, que é um produto também de exportação. E a possibilidade de exportar a um preço mais alto por causa de uma taxa de câmbio mais favorável também produz esse impacto no mercado interno", comentou Salomão Quadros.
Os efeitos do câmbio se espalharam e impactaram ainda mais a inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que subiu 1,09% em outubro, ante elevação de 0,36% no mês anterior.
Para o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Salomão Quadros, essa pressão sobre a inflação tende a desaparecer, já que o câmbio está se estabilizando. Ele destacou que a influência do dólar alto em outubro foi maior do que em setembro. Além disso, houve um espalhamento dessa pressão entre mais produtos, inclusive para o consumidor.
“O que a gente vê com mais força no atacado são impactos nas fases mais iniciais da fase produtiva. Nos bens finais acontece, mas de forma mais rarefeita. É natural que isso chegue de forma mais gradativa e parcial ao consumidor. Isso ainda deve continuar acontecendo”, afirmou.
Ainda no atacado, cujos preços medidos pelo IPA (Índice de Preços por Atacado) aumentaram 1,36%, ante 0,44% no mês anterior, foi verificada alta de 5,48% nos preços da carne bovina, após variação negativa de 1,57% em setembro.
“Talvez o principal efeito do câmbio sobre os alimentos seja na carne, que é um produto também de exportação. E a possibilidade de exportar a um preço mais alto por causa de uma taxa de câmbio mais favorável também produz esse impacto no mercado interno”, comentou Quadros.
A matéria é de Cirilo Junior, publicada na Folha Online, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.