Com a estimativa de que a oferta de bois será normalizada apenas em 2011, os pecuaristas continuarão vivendo por um bom tempo a maré de preços altos vivida pelo setor.
Com a estimativa de que a oferta de bois será normalizada apenas em 2011, os pecuaristas continuarão vivendo por um bom tempo a maré de preços altos vivida pelo setor.
A baixa oferta de bovinos que está levando a preços recordes na safra se deve, entre outros motivos, ao volume de matrizes abatidas principalmente a partir de 2005. “Acredito que o ciclo de bons preços será mais longo do que se imagina. Não temos estimativas do número, mas a retenção de matrizes que está sendo feita nesse momento é menor do que a necessária”, destacou o diretor operacional da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Juan Lebrón.
Segundo Lebrón, um dos motivos para a retenção insuficiente, em sua opinião, é a descapitalização de alguns produtores, que estão preferindo abater a fêmea.
Quanto aos preços, não há estimativas sobre teto máximo para 2008. “Seria futurologia afirmar algo assim. Partimos de um pressuposto de que o ciclo ficou alterado a partir de 2005, não sabemos exatamente quantas matrizes foram abatidas nesses últimos anos. O senso agropecuário feito no ano passado pelo governo não saiu até hoje, não temos certeza de números”, observou o pecuarista e presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce, Constantino Ajimasto Júnior.
Segundo pecuaristas, nesta semana foram fechados negócios por até R$ 97 a arroba em São Paulo.
O que é bom para os produtores, não é nada favorável à indústria. Além do alto preço da matéria-prima, outro ponto preocupante é a capacidade ociosa atual da indústria após os processos de abertura de capital, que se intensificaram a partir do ano passado. “Os frigoríficos investiram em ampliação de capacidade para atrair os investidores”, lembrou Lebrón. Atualmente, essas empresas possuem capacidade instalada de abate de 70 milhões de cabeças por ano, sendo que a oferta foi de 45 milhões de cabeças em 2007.
A situação deverá intensificar ainda mais rapidamente os processos de fusões e aquisições do segmento. Para a Fitch Ratings, três dos maiores frigoríficos do país – Minerva S.A. , Grupo Bertin e o Independência S.A. – deverão apostar fichas, já neste ano, em aquisições de frigoríficos de menor porte no Brasil.
A desvalorização dos ativos das empresas menores em 2008, por conta do ano difícil do setor, estimulará aquisições de novas plantas por quem está mais capitalizado.
As informações são do Diário do Comércio e Indústria/SP.
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Estas oscilções bruscas de preço que estão compostas por um componente especulativo não devem ser vistos com bons olhos, o preço do boi subiu sem ter em considerção se o consumo será capaz de absorver o produto final a estes preços.
O principal motivo é o aumento da demanda por boi gordo, no entanto se os frigorificos que demandam o boi gordo não puderem repassar este preços ao consumidor, fecharam unidades e reduziram a demanda colocando o preço do boi brasileiro a um nivel mais de acordo com o mercado mundial.
A capacidade instalada para abate, que recebeu muito investimento nos últimos dois anos, ou o próprio número de cabeças do rebanho brasileiro podem até ser considerados como componentes do preço. Existe um pergunta a ser respondida para saber este preço do boi é sustentavel: “O consumo de carne a nivel mundial vai absorver este preço?”. Os seis meses que passaram não são suficientes ainda para responder esta pergunta.
Sobre a materia sobre alta dos preço isso é fato real e no segmento de frigorifico a tendencia das marcas maiores adquirir as menores.
Atualizar e planejar é sempre salutar.