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Alta na reposição preocupa e causa cautela nas vendas de boi gordo

Os altos preços para a reposição do rebanho estão preocupando pecuaristas de recria e engorda de diversas regiões do país, refletindo na postura deles na hora de negociar com o frigorífico o animal já pronto para o abate, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Neste mês, o indicador Esalq/BM&FBovespa para o bezerro, com base em Mato Grosso do Sul acumula alta de 1,23%. Nesta quinta-feira (14/5), o valor chegou a R$ 1.416,06 a cabeça. No acumulado do ano, o aumento é de 18,88%. O bezerro iniciou 2015 cotado a R$ 1.191,22, conforme a referência medida pelo Cepea.

“Pecuaristas de recria e de engorda se mostram apreensivos em relação aos altos patamares de preços da reposição, evitando ao máximo ceder à pressão da indústria na venda de animais para abate. O posicionamento recuado de produtores torna-se ainda mais evidente nos momentos em que a maioria dos frigoríficos tenta negociar nos valores mínimos”, dizem os pesquisadores, em nota.

Ainda de acordo com o Cepea, frigoríficos continuam relatando dificuldades de compra. Indústrias de São Paulo têm intensificado as aquisições fora do estado, na tentativa de preencher as escalas de abate e pressionar o mercado paulista, ainda pouco ofertado.

Diante do cenário, o Indicador do boi gordo calculado pela instituição, que tem como base o mercado de São Paulo, chegou a cair nos últimos dias. Mas, ainda assim, mantém o indicativo de firmeza, mantendo-se praticamente estável no mês. A variação acumulada é positiva em 0,05%, com a arroba a R$ 149,15 na quinta-feira (14/5).

Fonte: Revista Globo Rural, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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