Quem já teve a oportunidade de viajar para a Europa e andou de carro por uma estrada vicinal da França, por exemplo, mais do que se impressionar com o asfalto ou mesmo com a sinalização perfeita, certamente se encantou com as laterais das estradas com capins que pareciam ter sido recém aparados. Aliás, em TODAS as estradas esse capricho realmente impressiona embora não se veja tantas máquinas trabalhando nesse corte. Competências à parte, o que realmente acontece, é que aquilo que leva um mês para crescer no verão de um país temperado, em nossas condições tropicais cresce em dois ou três dias.
Imagine quantas máquinas seriam necessárias para aparar colonião ou andropógon em 50 Km de estrada em Mato Grosso. Neste caso certamente alta produção é uma grande dificuldade! Mas quando se fala de pasto, será que devemos continuar tratando a alta produção como problema?
Porque a maioria dos pecuaristas e boa parte dos técnicos prefere trabalhar com capins mais “mansos” e bem menos produtivos, mas que não exigem tanta presteza no manejo?
Temos que assumir nossa condição tropical e tirar proveito das nossas vantagens competitivas, e não transformá-las em problemas como querem os nossos concorrentes.
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