O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou hoje (10/09) a ocorrência de um foco de febre aftosa no município de Careiro da Várzea, na região leste do Amazonas, próximo à cidade de Manaus.
O diagnóstico, realizado pelo Laboratório de Apoio Animal do MAPA, em Belém (PA), confirmou a presença dos sinais clínicos da doença em quatro bovinos com idade entre 12 e 24 meses. A suspeita foi comunicada pelos proprietários da fazenda, localizada numa ilha do rio Amazonas, no último dia 25 de agosto.
A fazenda, que tem um rebanho de 34 bovinos, 15 ovinos e um suíno, não tinha registro de vacinação contra a febre aftosa nos anos de 2003 e 2004, tendo sido interditada. Amostras das propriedades vizinhas também foram coletadas e estão sendo analisadas pelo laboratório oficial.
A região pertence ao Circuito Pecuário Norte, onde o sistema de defesa sanitária animal está em fase de implantação, e tem classificação de alto risco para a doença. Toda a produção bovina destina-se ao consumo local.
O Ministério da Agricultura esclareceu que, em razão da localização geográfica da propriedade, o foco representa baixo risco de difusão para as áreas reconhecidas como livres da doença no país. O rebanho infectado está a 500 km da atual zona livre de aftosa com reconhecimento internacional e a 350 km da área livre do estado do Pará com reconhecimento nacional. Como barreiras naturais para a difusão da doença na região, destaca-se a floresta amazônica, rios, lagos e a ausência de estradas de acesso.
O Ministério da Agricultura já enviou comunicação da ocorrência da doença à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), aos países vizinhos e aos países e blocos econômicos com os quais o Brasil mantém intercâmbio comercial.
Equipes de especialistas da Delegacia Federal do Ministério da Agricultura no Amazonas, em conjunto com o Serviço Estadual de Sanidade Animal do Amazonas, estão adotando todas as providências necessárias ao esclarecimento do ocorrido, ao controle e erradicação do foco. Serão implantados postos de fiscalização para impedir o trânsito de animais suscetíveis à doença, inspeção clínica em todas as propriedades próximas, vigilância sanitária e a devida investigação epidemiológica para definir a origem da doença, ainda indeterminada.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint
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Um país que é líder mundial em FIV e que já está usando a tecnologia do sêmen sexado não pode conviver mais com notícias dessa natureza!
Algo enérgico deve ser feito pelas autoridades, técnicos e empresários do setor.