Números do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a média de desmatamento nos três meses mais secos do ano (junho, julho e agosto) vem caindo desde 2004, chegando ao menor valor agora em 2008 - 649 km2.
Números do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a média de desmatamento nos três meses mais secos do ano (junho, julho e agosto) vem caindo desde 2004, chegando ao menor valor agora em 2008 – 649 km2.
Nesses meses tradicionalmente ocorre o maior volume de corte da floresta. A área desmatada no período chegou a ser de 5.858 km2 em 2004, início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E está sendo reduzida desde então.
“Este ano registramos a menor média em cinco anos para os meses mais críticos e uma redução de 27% sobre o ano anterior”, destaca o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Os números mostram que a atual equipe está conseguindo manter a tendência de queda registrada na gestão da ministra Marina Silva. “Mas os números não são bons. Temos que reduzir ainda mais o desmatamento na Amazônia”, diz Minc.
As ações da agenda positiva, a chamada Operação Arco Verde, também foram reforçadas e devem se refletir em breve na criação de empregos sustentáveis na Amazônia. Uma delas é a consolidação do Distrito Florestal da Rodovia BR-163 (Cuiabá/MT-Santarém/PA) – uma área de 15 milhões de hectares, no Pará, onde serão aplicados 6 milhões de euros em manejo das florestas públicas da região, apoio a iniciativas de produção sustentável e fortalecimento da sociedade civil.
A garantia de preços mínimos para produtos extrativistas também é uma vitória do ministro Carlos Minc. A borracha natural, o açaí, a castanha de babaçu e o pequi foram os primeiros a ter preços fixados pelo Conselho Monetário Nacional, em setembro passado, dentro de uma lista de dez produtos extrativistas da sociobiodiversidade que passarão a ser garantidos pelo governo. Na próxima reunião, o CMN aprovará os valores para os óleos de copaíba e andiroba, além da castanha do Pará e da carnaúba.
Por fim, a primeira versão do Plano Nacional do Mudanças do Clima, em consulta pública até o final de outubro, prevê eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil até 2015. Isto é, a partir dessa data o Brasil vai plantar mais do que cortar. Teremos um desmatamento legal e ilegal decrescente e um plantio crescente de árvores, tanto de espécies nativas quanto para silvicultura, até chegarmos ao desmatamento ilegal zero, complementou o ministro
As informações são do Ministério do Meio Ambiente.