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América quer fim da aftosa até 2009

A febre aftosa pode ser eliminada do continente americano até 2009. Para isso, foi criado um grupo de trabalho com integrantes do continente americano. Os interessados em ver esse feito concretizado são muitos, inclusive os Estados Unidos, que não é afetado pela doença desde os anos 20.

Os norte-americanos têm motivos para essa preocupação. Com a globalização, a doença, presente na América do Sul, pode avançar fronteiras e atingir os rebanhos dos EUA, concentrados em uma área muito pequena, 60% estão no Texas e em estados vizinhos.

Os norte-americanos estão perdendo milhões de dólares porque um animal canadense com a doença da “vaca louca” cruzou suas fronteiras. Não querem que isso se repita com a febre aftosa.

Para tratar desse assunto, pelo menos 180 pessoas estiveram reunidas na quarta e quinta-feira em Houston (Texas). Entre eles, os ministros de Agricultura e de Saúde de vários países do continente, além de especialistas e técnicos do setores de carne e grãos.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo e idealizador do encontro, João Carlos de Souza Meirelles, disse que era importante envolver não só os países livres de aftosa, mas também os produtores de grãos. Afinal, qualquer problema na pecuária afeta também a produção de grãos. Nos EUA, 60% da soja e do milho consumidos são destinados à alimentação animal.

No encontro foi criado um grupo de trabalho “que deverá tratar o assunto febre aftosa como um problema continental”, disse o secretário. Essa “força tarefa”, assim denominado o grupo pelo subsecretário de Agricultura dos E.U.A., Jim Butler, será composta por representantes do Mercosul, dos países andinos, do Caribe, da América Central e do Nafta.

Será formado um fundo de emergência com recursos públicos e privados. Não há um valor definido, mas são estimados investimentos iniciais de US$ 20 milhões nos primeiros 18 meses de funcionamento da “força tarefa”.

Será necessária a montagem de um sistema de vigilância e de controle da doença, informou Meirelles. Após a erradicação, a preocupação passa a ser a manutenção do continente livre da febre aftosa.

Fonte: Folha de S.Paulo (por Mauro Zafalon), adaptado por Equipe BeefPoint

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