As exportações em 2006, considerando dados acumulados de janeiro a fevereiro, tiveram um crescimento de 10,12% nos embarques em relação ao mesmo período no ano passado. Em receita cambial, esse crescimento chegou a 20,4%.
De acordo com dados do MDIC, entre carne bovina in natura, carne industrializada e miúdos, foram exportados 205.701 toneladas no período, com receita de US$ 463,23 milhões.
Carne bovina in natura
Até fevereiro, foram exportadas 152.121 toneladas de carne in natura, com receita cambial de US$ 335,30 milhões. O crescimento foi de 18,67% em volume e 19,38% em receita, em relação ao mesmo período do ano passado.
No período analisado, Rússia, UE e Egito foram os principais clientes. Em volume embarcado, a Rússia foi destaque, repondendo por 31% das exportações, o Egito respondeu por 16,5% e a UE 15,5%. Quando a comparação é feita com base na receita cambial, a lista muda: a UE passa a ser a principal cliente, com 26,8% de participação, a Rússia com 26,5% e o Egito 13,1%.
Os embarques para a Rússia foram de 47.180 toneladas, pelo valor de US$ 88,99 milhões, um salto importante considerando o mesmo período em 2005, quando a Rússia importou apenas 4.373 toneladas, por US$ 7,01 milhões. O preço médio foi de US$ 1.886/tonelada.
A UE importou 23.638 toneladas no período, com receita de US$ 90,04 milhões. Com os embargos ao MS, SP e PR, a queda foi 23,4% em volume e 23,1% em receita. O valor médio foi de US$ 3.809/tonelada.
O Egito importou 25.124 toneladas, por US$ 44,11 milhões. O crescimento foi de 1,3% em volume e 16,37% em valor. O preço médio foi de US$ 1.755/tonelada.
Os gráficos abaixo relacionam a exportação de carne bovina in natura por país, de janeiro a fevereiro de 2006 e no mesmo período de 2005.
Gráfico 1: Exportações de carne bovina in natura por país importador, em toneladas
Gráfico 2: Exportações de carne bovina in natura por país importador, em US$ mil (FOB)
De acordo com os dados sobre os preços médios recebidos pelas exportações de carne bovina in natura, podemos observar que a participação de mercados que pagam menos aumentou nesse período em 2006. O gráfico abaixo separa as exportações em três classes, pelo preço médio: menos de US$ 2000/tonelada, entre US$ 2000 e 3000/tonelada e mais de US$ 3000/tonelada.
Gráfico 3: Exportação de carne bovina in natura em toneladas por faixa de preço (em US$/tonelada)
A primeira classe aumentou 65%, enquanto a segunda diminiu 1% e a terceira diminuiu 34%.
Carne bovina industrializada
De janeiro a fevereiro de 2006, foram exportados 40.958 toneladas de carne bovina industrializada, com receita de R$ 52,53 milhões. Houve queda de 11,1% no volume em relação ao mesmo período em 2005, e crescimento de 23,2% em receita.
Os principais clientes do produto neste período em 2006 foram UE, EUA e Venezuela, que responderam por 32,1%, 27,7% e 13,3% dos embarques, respectivamente. Em receita cambial, a participação de cada país foi de 34,58%, 45,17% e 4,32%.
Foram exportados para a UE 13.130 toneladas, por US$ 38,16 milhões de carne industrializada, queda de 39% em volume e 23,9% em receita. O preço médio foi de US$ 2.906/tonelada.
Os EUA compraram 11.334 toneladas de carne industrializada, por US$ 49.83 milhões, queda de 0,6% nos embarques e crescimento de 48,4% na receita. O preço médio foi de US$ 4.397/tonelada.
A Venezuela importou 5.469 toneladas de carne industrializada, por US$ 4,76 milhões, queda de 45% em volume e 35,11% em receita. O preço médio foi de US$ 871/tonelada.
O gráficos abaixo relacionam a exportação de carne bovina industrializada por país, de janeiro a fevereiro de 2006 e no mesmo período em 2005.
Gráfico 4: Exportações de carne bovina industrializada por país importador, em toneladas
Gráfico 5: Exportações de carne bovina industrializada por país importador, em US$ mil (FOB)
Otavio Negrelli, Equipe BeefPoint