Mercado da carne bovina no atacado – 31/07/06
1 de agosto de 2006
Adequação Ambiental – conteúdo completo da 1a conferência online
3 de agosto de 2006

Análise do mercado do boi – 02/08/2006

O mercado do boi gordo teve uma nova semana de alta, com redução das ofertas do boi gordo e encurtamento das escalas. O indicador Esalq/BM&F se valorizou 6,3% na semana, valendo R$ 55,17/@, recuperação de 12,9% sobre o valor de quatro semanas atrás e 7,3% frente ao primeiro dia útil do ano, 2 de janeiro. O pecuarista retém o boi no pasto, a espera de novas altas. Os frigoríficos evitam realizar negócios nos preços atuais, buscando animais a distâncias cada vez maiores. Segundo o Instituto FNP, há frigoríficos de SP buscando boiadas em RO, distância de 2.000km. Em Goiás há intensa movimentação de carretas no norte do estado. No MS já há notícias de negócios a R$55/@.

No mercado físico, nas 24 praças levantadas pelo IFNP, houve alta em 17 praças e redução apenas em Marabá/PA. No RS, maior preço do Brasil, já há fatores pressionando negativamente o preço do boi, como a flexibilização da entrada de carnes de outros estados e exportações de gado vivo ao Líbano suspensas. Em Porto Alegre/RS a arroba do boi está contada em R$60,00/@.


Fonte: Esalq/BM&F, IFNP, Intercarnes, elaboração BeefPoint

Em 2005, o início da entressafra se deu no dia 12/09, quando o indicador Esalq/BM&F começou a reagir. Esse ano, consideramos a data de 05/07 como início da valorização do boi gordo, caracterizando a entressafra. No gráfico abaixo, é possível visualizar que a a evolução dos preços esse ano está percentualmente mais lenta que em 2005.

Gráfico 1: Evolução dos preços do boi gordo em 2005 e2006, em percentual


Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint

O preço do bezerro teve uma pequena reação na semana, com o índice Esalq/BM&F para bezerro cotado em R$ 359,55, aumento de 0,8% na semana. Em 7/junho, o bezerro esteve cotado a R$ 370,70, preço máximo nos últimos 6 meses. Acompanhe a evolução dos preços, no gráfico abaixo.

Gráfico 2: Preço do bezerro – Indicador Esalq/BM&F


Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint

Em dólares, o indicador Esalq/BM&F está cotado em US$ 25,29/@, valor máximo no ano. Um aumento de 7,14% na semana e 13,61% no mês. Em 2005, o valor máximo foi de US$26,96/@, em 11 de novembro de 2005. Em outubro/05 o valor máximo da arroba foi de US$26,15/@. Em julho/06 o preço médio da carne in natura exportada pelo Brasil, foi de US$2.522/ton, 4,69% acima de novembro/05 e 17,84% acima de outubro/05.

Extrapolando-se a valorização dos preços da carne exportada esse ano para os preços máximos do ano passado, calcula-se um preço hipotético de US$30,82/@ (17,84% de acréscimo sobre US$26,15), que equivale a R$67,22/@, com dólar a R$2,1813. É importante frisar que esse exercício matemático apenas extrapola os valores máximos de 2005 em dólares e o aumento do preço da carne exportada, na busca por estimativas de tetos máximos para preços desse ano.

No mercado da carne, a diferença do equivalente físico e o indicador Esalq/BM&F está em R$ 4,85/@. Há uma semana estava em R$ 4,56/@, há um mês em R$ 6,56/@ e no início do ano em apenas R$ 1,59/@.

Agentes do mercado têm grande expectativa frente aos preços para os próximos dias. Muitos pecuaristas acreditam que a diminuição da oferta de bovinos forçará maiores aumentos da arroba. Os frigoríficos exportadores sofrem uma redução de margem, comparando-se os preços do boi em dólares desde o início do ano, mas ainda não se alcançou os patamares máximos de 2005, além disso o preço da carne exportada subiu significativamente. O varejo tenta barrar aumentos do preço da carne no atacado, no entanto os estoques não devem durar muito, além disso, o período de início de mês e volta as aulas geralmente estimula o consumo de carne bovina.

Os comentários estão encerrados.