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Análise do mercado do boi – 17/08/2006

O mercado do boi gordo teve uma semana de relativa estabilidade. O indicador Esalq/BM&F se desvalorizou em 0,3%, cotado a R$ 55,90/@. No mercado físico, a cotação de São Paulo está cotada em R$ 56,00/@ no noroeste de SP, queda de 1,75% na semana.

O mercado do boi gordo teve uma semana de relativa estabilidade. O indicador Esalq/BM&F se desvalorizou em 0,3%, cotado a R$ 55,90/@. No mercado físico, a cotação de São Paulo está cotada em R$ 56,00/@ no noroeste de SP, queda de 1,75% na semana. De acordo com o informativo da Fator Corretora, as escalas médias de abate subiram 1 dia, para 6 dias.

Em dólares o boi gordo está cotado a US$ 26,22/@, alta de 1,4%, devido a queda do dólar de 1,65%, para R$ 2,1321.

No mercado físico, das 24 praças levantadas pelo Instituto FNP, houve recuos em quatro praças e reajuste em 15 praças. O RS ainda é o maior preço do Brasil com Porto Alegre cotado a R$60,00/@ e a região da fronteira com boi cotado a R$58,50/@.

Duas notícias influenciaram o mercado do boi essa semana. A reabertura do estado do MT para exportação à Rússia. Nas praças de Cáceres, Barra do Garças e Colíder houve reajuste de R$1,00/@. Apesar do MT ter maior número de mercados abertos à exportação que SP, GO, MG e principalmente MS, os preços da arroba no estado ainda são mais baixos que nesses estados, como pode ser observado na tabela e gráficos abaixo.

Gráfico 1: Cotação do boi gordo em Cuiabá e Goiânia


Fonte: IFNP, elaboração BeefPoint

A outra notícia, que vem causando inquietação no setor, foi a divulgação de um resultado “reagente” e ainda inconclusivo da sorologia no MS, em um dos municípios afetados pela febre aftosa no MS. O Mapa já atrasou duas vezes a divulgação do resultado final dos exames. No fim de semana o jornal Estado de São Paulo mostrou reportagens sobre a situação atual da defesa sanitária no estado do MS. O destaque foram as fotos alarmantes na primeira página do jornal e no caderno de economia. Na semana passada o jornal Valor Econômico já havia divulgado um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que identificava “falhas graves” na defesa sanitária brasileira.


Fonte: Esalq/BM&F, IFNP, Intercarnes, elaboração BeefPoint

No mercado futuro houve desvalorização média de R$0,29/@ na semana. Os contratos de setembro e outubro desse ano foram os únicos que tiveram reajustes postivos.

Gráfico 2: Contratos futuros do boi gordo na BM&F em 16/08/2006


Fonte: Esalq/BM&F. Elaboração BeefPoint

No mercado atacado da carne bovina, o equivalente físico está valendo R$50,52/@, queda de 2,52% em uma semana. O traseiro e dianteiro tiveram reduções de preço, com estabilidade nos preços da ponta de agulha. A diferença de preço entre o indicador Esalq/BM&F e equivalente físico (spread) está em R$ 5,38/@. Há uma semana estava em R$4,24/@ e há um mês em R$6,89/@.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BMF e Equivalente físico


Fonte: Esalq/BM&F, Intercarnes, elaboração BeefPoint

Prezado leitor, participe, enviando informações sobre o mercado em sua região, na seção Cartas do Leitor abaixo.

0 Comments

  1. Julio M. Tatsch disse:

    Provavelmente hoje tenhamos os pecuaristas com 58% dos contratos “comprados” (Tipo: pessoas físicas) e paradoxalmente os prováveis frigoríficos com 44% da posição “vendida” (Tipo: pessoa jurídica não financeira). Pela lógica, os frigoríficos deveriam estar na posição comprada, numa ação de hedge, assegurando assim o preço de uma parte de sua matéria prima futura. Hoje, 18.ago.06, estamos com um recorde de 29.370 contratos em aberto.

    A explicação possível para tal atitude dos frigoríficos, seria utilizar o mercado futuro do boi gordo para “transmitir” ao mercado, leia se pecuaristas, a visão de mercado futuro que melhor lhes convém, no caso de baixa futura ou no mínimo alta limitada. Tornando a profecia auto-realizável, uma vez que os pecuaristas acreditem neste balizamento do mercado futuro. Usando das palavras de um amigo consultor, baseado na lógica de que “pecuarista lê jornal mas não vende na bolsa”.

    Já os pecuaristas comprados na bolsa, baseiam sua lógica na proximidade dos preços pecuários aos mais baixos dos últimos 50 anos, somado ao abate crescente de fêmeas há anos, e pela demanda mundial por carne vermelha, com indicativo natural de alta, portanto de posição comprada na bolsa.

    Outro problema não menos grave, são os preços divulgados pelos frigoríficos à imprensa e coletores de preços (Esalq, Cepea…), com freqüente distorção quando comparados aos preços realmente ofertados juntos aos pecuaristas. No RS são freqüentes estas diferenças nas tabelas de preços divulgadas, versus os preços a maior ofertados aos pecuaristas para lotes diferenciados quanto à qualidade e ou quantidade.

    Uma forma de amenizar o problema citado, ou no mínimo a dúvida quanto à formação do índice Esalq (utilizado pela BM&F), seria a divulgação das suas fontes e percentuais atribuídos, possibilitando assim a checagem dos dados fornecidos, já que um objetivo comum é a transparência e maior utilização deste mecanismo pelos pecuaristas.

    Atenciosamente,
    Julio Tatsch, agropecuarista no RS e participante do mercado futuro do boi gordo há três anos.

  2. Francisco Teixeira Lucio disse:

    Felizmente foi confirmado, o cartel do boi, no centro Oeste, porque aqui em Rondônia a Assembléia Legislativa também abriu uma investigação, mas com esses nossos deputados, não precisa dizer o que aconteceu.