O mercado do boi gordo teve uma semana de alta, com o indicador Esalq/BM&F se valorizando 2,75% na semana, cotado a R$ 51,88/@. No mercado físico, quinze praças tiveram aumento de preços, com várias regiões tendo negócios acima dos preços de balcão.
O mercado esperava uma reação do mercado em agosto ou mais tardiamente no início de setembro. A redução da oferta de bois para abate desde a semana passada antecipou a reação dos preços. Frigoríficos em São Paulo buscam animais para abate no MT e no Pará, com distâncias ultrapassando 1.500km. Há frigoríficos operando com escalas curtas e/ou reduzidas. Em São Paulo já há negociações individuais a R$54,00/@ e em Rondonópolis/MT já há negócios a R$50,00/@, por exemplo, acima do preço de referência.
O mercado futuro teve uma semana de alta, com contratos de outubro e novembro muito próximos de R$60,00/@ (59,51/@ e 60,02/@ respectivamente). O contrato para agosto terminou a quarta-feira cotado a 55,29/@, mais de R$3,00 acima do indicador Esalq/BM&F. O mercado trabalha com expectativa de alta para os próximos dias. O spread entre julho e outubro aumentou na última semana, chegando a R$7,38/@.
Gráfico 1: Mercado futuro do boi gordo na BM&F, em 26/07/2006
Gráfico 2: Preços do boi gordo e do bezerro, em 26/07/2006
No mercado interno, a semana foi de reação, com preços do equivalente físico se valorizando 8,5% na semana, mas ainda acumula uma queda de 5% desde 02/01/2006. Já a cotação do boi gordo, está quase 1% acima do primeiro dia útil do ano.
Gráfico 3: Indicador Esalq/BM&F e Equivalente físico do boi gordo, em 26/07/2006
A arroba do boi gordo em dólares teve alta de quase 2% na semana, cotado a US$ 23,61/@. Para os contratos de outubro e novembro, a cotação em dólares está em torno de US$27/@. Resta saber se os frigoríficos conseguirão repassar esse aumento de preços aos importadores.