Nada de atentado terrorista. A última “bomba” que veio para tumultuar o final de ano norte-americano foi a notícia da descoberta de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (vaca-louca) no Estado de Washington.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirmou, que os testes realizados no animal, uma vaca leiteira, deram positivo para a doença.
Os reflexos foram imediatos. O mercado ficou especulado. As ações do grupo McDonald’s, por exemplo, despencaram.
Os Estados Unidos são hoje, em volume, o segundo maior exportador de carne bovina do mundo, atrás apenas do Brasil.
Em 2002 exportaram perto de 1,10 milhão de toneladas em eq. carcaça, perdendo somente para a Austrália. O faturamento chegou a US$3,5 bilhões, o maior do planeta. O Brasil, por exemplo, exportou US$1,096 bilhão.
Ainda não se sabe ao certo quais serão as reais conseqüências do fato. Mas vale lembrar que há poucos meses o Canadá enfrentou um problema similar, e teve que amargar um embargo prolongado sobre suas exportações, principalmente por parte dos Estados Unidos, seu maior cliente.
O governo canadense teve muito trabalho para contornar a crise gerada pelo excesso de carne no mercado interno. Um baque enorme para produtores e indústrias.
Enquanto isso, no Brasil, nosso gado ceia tranqüilo, comendo capim e esperando a sua vez. De louco ele não tem nada.