Por Alcides de Moura Torres Jr e Maria Gabriela O Tonini 1
Os preços continuam frouxos e a pressão baixista é grande. Durante a semana registramos recuos nas cotações do boi gordo nas principais praças pecuárias.
No Sul de Goiás, os produtores vendem compassadamente, impedindo o alongamento das escalas de abate . O que não necessariamente quer dizer que os preços vão se recuperar, mas pode ser o início de estabilidade.
Um ligeiro aumento em compor escalas também foi verificado no Triângulo Mineiro. Entretanto, nesse caso, a maior responsável é a chuva, que atrapalha o embarque.
Por outro lado, na região de Belo Horizonte – MG, as dificuldades provocadas pela chuva dos foram insuficientes para sustentar os preços, que recuaram 3,5% ao longo da semana.
Nesta época do mês, em que geralmente verifica-se melhora nas vendas de carne, não ouve ainda espaço para se falar em recuperação de preços.
O faturamento obtido com as exportações pode ficar prejudicado com desvalorização do dólar. Com o recuo da moeda americana, a arroba brasileira perde competitividade no mercado internacional.
Observe na figura 1 o comportamento dos preços, em dólares, da arroba do boi gordo em Barretos (SP) nos últimos treze meses. Em maio de 2004, o boi gordo estava cotado a US$19,60/@, valor 14% menor em relação aos US$22,4/@ atuais. Para se ter uma idéia, o boi gordo na Argentina, está cotado a US$21,00/@.
Figura 1. Cotação do boi gordo em Barretos (SP) nos últimos treze meses, em US$/@
A expectativa é de mercado morno nesse carnaval.
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1Scot Consultoria