O mercado do boi gordo segue operando estável.
As programações de abate atendem em média 5 dias, insuficientes para levar à desvalorização do boi gordo, porém permitem aos compradores trabalharem com relativa tranqüilidade.
Nos atuais patamares, as compras correm razoavelmente bem, mas qualquer tentativa de recuo tem sido rechaçada.
As boas condições das pastagens permitem que os animais atinjam um bom ganho de peso. Assim, o produtor cadencia as vendas e segura os preços.
Em São Paulo os negócios correm em R$57,00/@, a prazo, para descontar o Funrural, ou R$56,00/@, também a prazo, mas livre de imposto. A maior parte das escalas paulistas é formada por animais de outros Estados.
As chuvas chegaram a atrapalhar bastante os trabalhos de embarque e transporte de animais, sobretudo em alguns pontos do Paraná, Mato Grosso e Pará, mas deram uma trégua nos últimos dias.
O consumo de carne bovina registrou uma ligeira melhora nesse início de mês, o suficiente para o atacado, enxuto, voltar a operar em alta (gráfico). O movimento favoreceu a sustentação dos preços do boi.
A curto prazo, não há nada que leve a crer em alterações significativas nas cotações do boi gordo. Vale a pena porém, ficar de olho no dólar e no avanço da guerra, motivos de pressão por parte dos exportadores.