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Análise Semanal – 02/07/03

Nem o frio que atinge boa parte das praças pecuárias foi capaz de promover o aumento da oferta de animais terminados, sinal de que realmente há pouco gado disponível no mercado.

As programações de abate atendem, em média, 3 dias, havendo quem precise de animais para embarque imediato.

Praticamente ninguém trabalha com escalas cheias. No Paraná e em Santa Catarina, por exemplo, a redução dos volumes de abates diários chegou a 50%, e algumas unidades paranaenses estão funcionando apenas 3 dias por semana.

Os compradores trabalham sob forte pressão, encontrando sérias dificuldades para conter o avanço dos preços.

Em São Paulo as ordens de compra firmaram-se em R$56,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. A vista os negócios correm em R$54,00/@, livres do imposto.

Negócios acima do preço referência vêem sendo registrados em praticamente todas as praças. No Sul de Goiás, por exemplo, já é possível conseguir R$54,00/@, a prazo, livre de Funrural, dependendo da qualidade e localização do lote.


No decorrer de junho, na média das 25 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a cotação da arroba do boi gordo acumulou alta de 3%. Destaque para a região de Erexim (RS), onde a valorização bateu os 7%.

É verdade que os mercados de carne e couro voltaram a operar em ambiente frouxo. Mesmo havendo pouca mercadoria à venda, a demanda permanece muito fraca, ameaçando a sustentação dos preços.

Contudo, os abates não podem parar. Sempre há uma demanda (mesmo que fraca) para atender, e contratos a cumprir. Quando o boi não aparece, os preços sobem, é assim que funciona.

Como não há nada que leve a crer num aumento da oferta de animais terminados no curto prazo, o mercado do boi gordo deve seguir operando em ambiente firme, sujeito a novas correções positivas.

Com relação à determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de que a partir do dia 15 deste mês somente poderá ser exportada para a União Européia carne de animais que estiveram pelo menos por 40 dias cadastrados no SISBOV, o setor está começando a correr atrás do prejuízo.

É visível o aumento do número de produtores que busca se adequar ao sistema. Além do mais, alguns frigoríficos já estão se dispondo a arcar com os custos da identificação, enquanto outros estudam a possibilidade de oferecer um pequeno ágio, próximo a R$5,00/cabeça, na compra de animais já rastreados, o que é suficiente para cobrir os custos do processo.

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