Aftosa e o mercado do boi gordo
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4 de maio de 2006Análise semanal – 03/05/2006
O mercado do boi gordo teve uma semana de baixa. O foco de aftosa e a queda do dólar continuam pressionando negativamente as cotações. O índice Esalq/BM&F teve queda de 0,9% desde 26/04. Na semana, o dólar se desvalorizou 2,3%, com isso a arroba subiu em dólares.
O índice Esalq/BM&F para bezerro subiu 0,75%, baixando a relação de troca, que é a mais baixa desde janeiro de 2005 (2,31 em 03/05). Dados do IBGE indicam aumento do abate de matrizes, que juntamente com o preço do bezerro, podem indicar uma mudança de ciclo pecuário (leia artigo da seção Especiais).
No mercado externo, as exportações continuam firmes, mas os feriados de abril diminuíram o número de dias úteis do mês, reduzindo o faturamento total. O mês de abril teve 18 dias úteis, o de março, 23 e abril/2005 20 dias úteis. Em abril o Brasil exportou US$ 192,1 milhões em carne bovina in natura, queda de 11% em relação a março/2006 (US$ 215,8 milhões) e de 5,9% em relação a abril de 2006 (US$ 204,1 milhões).
Em volume, as exportações foram de 75,6 mil toneladas de carne in natura, queda de -19,6% em relação a março/2006 (94 mil toneladas) e de 20% em relação a abril/2005 (94,4 mil toneladas). O preço médio de abril desse ano foi de US$ 2.542,50/ton, 10,7% acima do preço de março/2006 (US$ 2.296,40/ton) e 17,6% acima de abril/2005 (US$ 2.162,50/ton).
No mercado interno, o início do mês de maio e novo salário mínimo devem reforçar o consumo, permitindo uma demanda mais forte.
O mercado futuro teve uma semana de forte baixa, com os contratos de maio/2006 e outubro/2006 caindo 2,8% e 2,1% na semana respectivamente.
Nas 24 praças pesquisadas pelo Instituto FNP houve desvalorização média de 0,6% na semana e 4,9% desde o primeiro dia útil desse ano. As únicas altas ocorreram nas praças de Campo Grande/MS, Feira de Santana/BA e Açailândia/MA.
No Rio Grande do Sul, continuam os embarques de gado em pé para o Líbano. Nessa semana foram embarcados 14 mil animais, para engorda e abate. Os animais exportados têm idade máxima de dois anos, peso entre 140 e 350 quilos, não castrados.
