Análise semanal – 04/01/2006

Ano novo, fardo velho. Mercado frouxo, em várias praças, nesse início de 2006.

Apesar dos negócios ainda não terem retomado o ritmo normal – é a ressaca pós ano novo – alguns frigoríficos já optaram por derrubar as cotações da arroba, na expectativa que as ofertas melhorem. Afinal, é safra.

Na outra ponta, as vendas de carne também não ajudam. A maioria dos embargos à carne bovina brasileira permanece de pé e, o consumo interno que vinha patinando, esfriou de vez. As férias e as despesas de início de ano, que achatam o poder de compra, contribuíram para que o Equivalente Físico recuasse 1,9% ao longo da última semana.

Com relação ao boi e à vaca gorda, acompanhe as oscilações da arroba na tabela 1.

Tabela 1. Variações da arroba, em R$, ao longo da última semana

Em São Paulo, já são poucos os negócios em R$53,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. Tem comprador ofertando R$50,00/@, a prazo, para descontar o Funrural, pelo boi. E pode ser que o mercado realmente trilhe esse caminho.

Os frigoríficos paulistas têm comprado bem no Mato Grosso do Sul, pagando entre R$48,00 e R$49,00/@ pelo boi e algo próximo a R$43,00/@ pela vaca gorda, sempre a prazo, para descontar o imposto. Como uma grande indústria acabou de confirmar o fechamento de 3 plantas no Estado, os negócios tendem a continuar fluindo bem. Afinal, diminuiu a concorrência.

Somente em regiões muito castigadas pela chuvas, como parte do Mato Grosso, por exemplo, observa-se que o mercado se mantém firme. Não pela falta de boi, e sim pela dificuldade em buscá-lo e/ou embarcá-lo.

Para o curto prazo a tendência é que as pressões baixistas se intensifiquem. Ou seja, os preços podem voltar a cair em algumas regiões.