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Análise semanal – 05/07/2006

O mercado do boi gordo teve uma semana de estabilidade de preços. O indicador Esalq/BM&F terminou o dia cotado em R$ 48,86/@, alta de 0,2% na semana e queda de 4,9% desde o início do ano. No entanto os preços da carne bovina no atacado caíram, uma redução média de 3,4%,no ano, a redução do equivalente físico é de 15,1%.

Os preços do bezerro tiveram redução, com o indicador Esalq/BM&F valendo R$ 363,15, queda de 0,8% na semana e alta de 8% no ano. A relação de troca está em 2,22, alta de 1% na semana, mas acumulando baixa de 12% no ano.

O dólar teve queda de 1,38% na semana, fechando em R$ 2,1947. A cotação do boi gordo em dólares se valorizou 1,6%, valendo US$ 22,26/@.

No mercado futuro, os contratos de boi gordo tiveram desvalorização na semana. O spread (diferença de valor) entre julho e outubro é de R$ 6,34/@. Há quatro semanas esse valor era de R$ 5,39/@, ou seja, em um mês os contratos de julho se desvalorizaram R$1,00/@ em relação a outubro.

Os baixos preços do mercado físico e gradual e crescente formação de escalas por compras de boi a termo tem pressionado o mercado futuro do boi gordo. A instabilidade do dólar tem sido um contrapeso, não suficiente, na manutenção dos preços para a entresafra.

No mercado físico, nas 24 praças levantadas pelo Instituto FNP, houve desvalorização em Colíder/MT, Feira de Santana/BA e Campos/RJ. Os preços do Triângulo Mineiro subiram nessa semana.

O grande destaque do mercado físico é o Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS e a região da fronteira do RS tiveram valorização de mais de 9% em uma semana. Essas duas praças acumulam em quatro semanas uma valorização de mais de 13%. Hoje o RS exporta para todos os mercados importantes do Brasil: UE, Rússia e Chile, além de todos os outros mercados. É o estado com menos embargos. Além disso o consumo no RS é alto e há algumas dificuldades para entrada de carne de outros estados para abastecer o mercado local. Apenas essa semana as normas para entrada de carne foram flexibilizadas.

No mercado da carne no atacado, o início de julho se mostra fraco, como tradicionalmente ocorre, devido às férias escolares. Os preços da arroba se desvalorizaram desde o início do ano, mas a carne no atacado se desvalorizou ainda mais, beneficiando o varejo e em parte o consumidor.

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