Mais uma semana de preços firmes no mercado físico do boi gordo.
A oferta de animais terminados em confinamento é cada vez menor. Somente na região de Barretos (SP) ainda é possível observar um volume razoável de gado confinado. Como boi de pasto ainda não tem, a dificuldade de compra está se acentuando.
Foram registrados reajustes em boa parte das praças. Em algumas, os negócios passaram a fluir melhor, porém as programações de abate mantiveram-se relativamente curtas, média de 4 dias.
Apesar da reduzida disponibilidade de animais para abate, sempre tem quem esteja retendo o gado em engorda, à espera de uma posição melhor.
Assim, alguns compradores, principalmente em São Paulo, têm optado por segurar os preços de balcão e oferecer algo mais na negociação. Oferta-se mais por boiadas de qualidade, fazendo escala e retornando ao patamar anterior.
O boi gordo rastreado paulista, na negociação, chega a valer R$62,00/@, a prazo, livre de funrural.
Outra estratégia que voltou a ser utilizada pelos compradores de São Paulo é a aquisição de animais de outras praças. Alguns frigoríficos do Estado chegam a buscar animais no Mato Grosso, percorrendo mais de mil quilômetros.
Os destinos preferidos são Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. As ofertas de compra, para o boi gordo rastreado, são de R$61,00/@, a prazo, para descontar o imposto.
Apesar da pressão, os frigoríficos resistem a novos reajustes. Contudo, o ambiente segue firme, sujeito a novas correções positivas.
Para ajudar, o atacado voltou a trabalhar em alta, após quase duas semanas sem alterações. As vendas ainda não alavancaram, porém o bom desempenho das exportações e a redução das ofertas de gado enxugaram o mercado de carne, favorecendo a valorização das peças.
Em relação à semana anterior, o equivalente físico registrou alta de 2,5% (gráfico).