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Análise semanal – 06/05/04

O mercado do boi gordo se mantém comprador para animais rastreados, e não é para menos.

Dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que em abril deste ano as exportações brasileiras de carne bovina in natura chegaram a 86,58 mil toneladas equivalente carcaça, no valor de US$145,60 milhões.

Em relação ao mesmo período do ano passado houve um incremento de 28% em volume e 74% em receita. A carne está em alta e o dólar voltou a subir, favorecendo ainda mais os exportadores nacionais.

Diariamente vêm sendo registrados negócios acima do preço referência, sempre para animais rastreados. Frigoríficos paulistas chegam a ofertar R$58,00/@, a prazo, livre de Funrural pelo boi mineiro e goiano.

Em contrapartida, a demanda por animais não rastreados é fraca. Os frigoríficos de mercado interno compram somente o necessário para atender pedidos previamente firmados.

O deságio do gado comum, em relação ao gado padrão exportação, vai de R$1,00/@ a R$5,00/@. Varia de acordo com a praça, frigorífico, condição da boiada etc.

Com as vendas esboçando uma ligeira reação (início de mês) e a oferta ajustada, o atacado voltou a trabalhar em alta. Contudo, a defasagem do equivalente físico em relação à cotação da arroba do boi gordo paulista segue elevada: 23% com base no preço do boi rastreado e 20% com base no preço do boi comum.


Para o curto prazo, a tendência ainda é de preços estáveis. Mas já é possível observar uma significativa redução da oferta de animais rastreados em algumas praças, que pode sustentar alguns reajustes. O produtor sente que o momento é bom e retém o gado em engorda, buscando forçar um aumento.

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