As cotações do boi gordo voltaram a recuar em algumas praças, com destaque para Goiânia-GO (gráfico) e Triângulo Mineiro. Nessas regiões, a oferta de animais terminados em confinamento permanece elevada, sendo que muitos frigoríficos também estão abatendo produção própria.
Já em São Paulo, apesar da relativa dificuldade de compra, os grandes frigoríficos seguem bem posicionados, com programações de abate superiores a 12 dias. Por enquanto, sinalizam que não vão mexer nos preços.
Os menores trabalham mais apertados. Alguns, com escalas de apenas 4 dias. Vale lembrar que o feriado do dia 12 deve atrapalhar ainda mais a vida dos compradores, afastando os vendedores do mercado por pelo menos 3 ou 4 dias (final de semana + feriado).
Assim, foram registrados alguns poucos negócios com o boi gordo, em São Paulo, a R$61,00/@, a prazo, para descontar o Funrural, propostos por frigoríficos de mercado interno. Mas na verdade, eles preferem trabalhar com fêmeas, que têm oferecido uma margem melhor.
Na região de Araçatuba-SP, o preço referência da vaca gorda chegou a R$54,00/@, a prazo, para descontar o imposto. A defasagem em relação à cotação do boi gordo, que chegou a 18% em maio, caiu para 10% no início de outubro.
O aquecimento das vendas no atacado, em função das comemorações políticas e virada do mês, sustentou o aumento da pressão de compra dos frigoríficos de mercado interno. Nas últimas 2 semanas o equivalente físico já acumula alta de quase 5%.
Em contrapartida, agora é o couro e o sebo que preocupam a indústria. Nas últimas 2 semanas a cotação do couro verde em São Paulo recuou 0,20/kg, ou 9%. A do sebo caiu 0,05/kg, ou 6%. As vendas fracas e o recuo do dólar levaram aos ajustes.
De toda forma, caso a oferta de animais terminados permaneça mais ajustada, as cotações da arroba tendem a se estabilizar na maioria das praças. O mercado passou a trabalhar em ambiente mais equilibrado.