A proximidade do feriado (Paixão de Cristo) afastou o produtor do mercado, reduzindo a disponibilidade de animais para abate em algumas praças e sustentando, assim, algumas correções positivas.
Contudo, prevalece ainda a estabilidade de preços, reflexo do equilíbrio entre oferta e demanda. As programações de abate, por exemplo, atendem, em média, 5 dias. Nem longas, nem curtas.
Os frigoríficos exportadores ainda se mostram mais atuantes, atrás do gado rastreado. E realmente não é para menos, com as exportações quebrando recordes atrás de recordes.
Em março, de acordo com dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o faturamento com as exportações brasileiras de carne bovina “in natura” chegou a US$157,50 milhões.
Aumento de 92% sobre os US$82,21 milhões faturados em março de 2003 e 38% sobre os US$114,41 milhões do mês anterior (fevereiro de 2004).
O volume exportado foi de 92,30 mil toneladas equivalente carcaça. Incremento de 44% sobre as 64,26 mil toneladas de março de 2003.
O preço médio da tonelada (em equivalente carcaça) exportada chegou a US$1.706,39, o mais alto desde março de 2001 (gráfico).
O atacado voltou a trabalhar em alta. Porém, a defasagem do equivalente físico para a cotação da arroba do boi gordo paulista permanece elevada, próxima a 21%. No mesmo período do ano passado a diferença era de 19%.
Com o mercado interno estável, as exportações em alta e oferta de animais terminados ajustada com a demanda, a tendência, para o curto prazo, ainda é de preços predominantemente estáveis no mercado físico do boi gordo.