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Análise semanal – 07/06/2006

O mercado do boi teve uma semana de relativa estabilidade, com valorização do índice Esalq/BM&F de 0,5%, fechando a quarta-feira em R$49,00/@. O índice Esalq/BM&F de bezerro, para o estado do MS, se valorizou 0,30%, cotado a R$ 370,70/cabeça.

A relação de troca se mantém praticamente estável na semana, mas acumula forte baixa no ano. Em 02/01/2006 estava em 2,52 e atualmente registra 2,18.

No mercado futuro, os contratos tiveram uma semana de baixa, acompanhando a cotação do dólar, que baixou 2,2%. Em média, os contratos se desvalorizaram R$0,72/@, com destaque para junho e dezembro, com queda de R$0,94/@ e R$0,99/@, respectivamente.

Tabela 1. Contratos futuros de boi gordo


Fonte: BM&F, elaboração BeefPoint

No mercado físico, houve estabilidade em 19 praças pesquisadas pelo Instituto FNP, em Campo Grande/MS, Porto Alegre/RS e Cacoal/RO houve redução de preços e aumentos em Maringá/PR e Campos/RJ.


Fonte: Esalq/BM&F e Instituto FNP, elaboração BeefPoint

No atacado, os preços da carne bovina se valorizaram na última semana, mas o diferencial entre o equivalente físico e o indicador Esalq/BM&F está mais alto do que no início de maio, como se pode observar no gráfico abaixo.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F e equivalente físico


Fonte: Esalq/BM&F e Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint

As exportações brasileiras continuam firmes. Segundo dados do MDIC, no acumulado do ano, o Brasil já exportou mais do que em 2005, como podemos observar no gráfico abaixo. Com exceção dos estados de MS, PR e SP, não procede mais a argumentação de que os embargos prejudicam os preços do boi gordo. O efeito negativo é a cotação do dólar.

Gráfico 2. Evolução das exportações de carne bovina in natura, em US$ milhões


Fonte: MDIC, elaboração BeefPoint

A expectativa do mercado é que o Chile autorize a exportação de carne bovina do RS e SC. O setor exportador brasileiro trabalha buscando autorizar mais estados, mas sem muito otimismo. Em artigo do Espaço Aberto, Otavio Cançado, critica a posição dos negociadores brasileiros (leia aqui).

Outra expectativa do mercado é a visita da UE, marcada para início de julho. A UE é o mais importante mercado para o Brasil, mudanças positivas ou negativas, irão afetar o mercado da carne e influenciar o preço do boi.

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