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Análise Semanal – 07/08/03

O mercado do boi gordo trabalha em ambiente bastante firme.

Há pouco gado disponível para abate, principalmente rastreado, levando a programações de abate que atendem em média 4 dias, com falhas e redução do volume diário de abates (às vezes em mais de 50%) na maioria dos casos.

Em contrapartida, a demanda pelo boi está aumentando. O mercado interno de carnes está enxuto, e já se nota um recuperação do consumo, em função da volta às aulas e da chegada do salário. Somente nas últimas 3 semanas o equivalente físico (48% traseiro + 39% dianteiro +13% ponta de agulha) acumulou alta de 10%.

Também é preciso atender aos contratos de exportação, e o mercado externo voltou a se mostrar bastante atraente com o câmbio superando a casa dos R$3,00 por US$1,00.

Só que, para exportar, é preciso conseguir animais rastreados. E quem tem segura, pressionado os compradores. A saída é pagar mais.

Em São Paulo as ordens de compra para o boi gordo rastreado são de R$57,00/@, a prazo, livre de funrural, com deságio de R$1,00 a R$2,00/@ para o gado não rastreado.

A adesão ao SISBOV continua crescendo em ritmo surpreendente. No começo do ano as estimativas apontavam que cerca de 1,5 milhão de cabeças estavam cadastradas no SISBOV. Hoje, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento acredita em 7,2 milhões, um aumento de 380%.

Ainda assim, é preciso considerar que estamos na entressafra. A maior parte desses animais provavelmente ainda não está disponível para abate. Muitos estão em confinamento e semiconfinamento, e só devem chegar ao mercado mais tarde.

A dificuldade de compra tende a permanecer elevada, mantendo o mercado firme e sujeito a novas valorizações.

  • Nos últimos 3 meses (maio a julho), na média das 25 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, foi registrada uma valorização acumulada de 5% para o boi gordo.
  • Foi um período de preços firmes. As condições climáticas favoráveis permitiram que as vendas corressem de forma cadenciada. Não houve “desova”.
  • Este ano, o período de frouxidão foi registrado de abril para maio. A oferta de gado era razoável e o dólar caiu, levando os compradores a pressionarem pela desvalorização da arroba. Neste intervalo, a variação média dos preços foi de 5% negativos.

  • A tendência agora, conforme a entressafra avança, é de preços firmes e em alta, em função de 2 fatores principais: forte redução das ofertas de gado para abate e aumento da demanda pela carne bovina, principalmente externamente.
  • Com base na evolução dos preços nos últimos anos, e no comportamento dos mercados interno e externo, a Scot Consultoria acredita que a cotação da arroba do boi gordo paulista tenha fôlego para se aproximar de R$65,00 em outubro/novembro.
  • Essa estimativa é passível de alteração em função de qualquer mudança no cenário econômico e político, ocorrência de problemas sanitários etc.

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