Análise Semanal – 08/06/2005

Mercado de lado. Foram registradas pouquíssimas alterações nas cotações do boi gordo ao longo da última semana. Veja na tabela 1.

Tabela 1. Variações das cotações do boi gordo ao longo da última semana

Em várias regiões as ofertas de animais terminados diminuíram bem. Contudo, comprando picado, a maioria dos frigoríficos tem conseguido sustentar escalas de abate relativamente confortáveis, entre 6 e 9 dias.

Em São Paulo já tem pouco gado de pasto. São os animais de praças vizinhas, principalmente do Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e Sul de Goiás, que alimentam as programações de abate paulistas. E alguns frigoríficos do Estado começaram a buscar gado no Mato Grosso, nas proximidades de Rondonópolis.

A tendência é que, conforme a entressafra avance, os compradores de São Paulo aumentem o raio de compra. Os produtores de outros Estados têm que estar atentos às oportunidades de fecharem negócios relativamente melhores.

No atacado, o Equivalente Físico reagiu 3% ao longo da última semana, por conta do aquecimento das vendas em função do pagamento dos salários. O maior aumento foi registrado para o dianteiro, cerca de 4%.

A defasagem do Equivalente Físico em relação à cotação do boi gordo paulista permanece relativamente elevada, próxima de 10%. No entanto, no mesmo período do ano passado, estava em 23%. Portanto, a situação dos frigoríficos melhorou consideravelmente. Mas não foi a carne que subiu, e sim o boi que despencou!

Acompanhe na tabela abaixo a evolução das cotações do boi gordo em algumas das principais praças pecuárias brasileiras entre junho de 2004 e junho de 2005.

Para o curto prazo, a tendência é que as cotações do boi gordo permaneçam estáveis. No entanto, conforme a entressafra avança, espera-se que a oferta de animais para abate diminua, sustentando a recuperação das cotações.

Vale lembrar que a valorização da arroba depende também do desempenho das vendas de carne e do comportamento do dólar. De toda forma, as cotações não devem recuar mais.