O mercado anda de lado, reflexo da evolução dos negócios em São Paulo.
A oferta de animais terminados em confinamento segue elevada, permitindo a formação de escalas entre 4 e 8 dias. Os frigoríficos de mercado interno são os mais apertados, e forçam as compras na vaca, ofertando até R$56,00/@, a prazo, livre de Funrural, dependendo da qualidade dos animais.
Diante da facilidade de compra, os agentes paulistas reduziram as buscas em outros Estados, facilitando os trabalhos dos compradores locais. Em Três Lagoas (MS), por exemplo, as programações de abate se estenderam para 4 ou 5 dias.
Ao que parece mais da metade dos animais de cocho já foi comercializada, mas ainda há um bom volume para sair. Diante deste cenário, contando ainda com a chegada da chuva, os compradores acreditam que ao menos até o dia 20 não encontrarão problemas para achar boi gordo em São Paulo.
E enquanto São Paulo não mexe, fica difícil ocorrer alterações significativas em outras praças. Oscilações pontuais sim, mas nada que aponte uma tendência.
As escalas estão curtas em alguns pontos de Rondônia, Tocantins e Pará, sendo registrados negócios acima do preço referência. Porém, os compradores resistem aos reajustes e seguram os preços de balcão.
Já no Rio Grande do Sul houve aumento de oferta de animais terminados, levando à imposição de recuos. O gado está sendo comercializado a fim de liberar os campos para o plantio. Os agentes locais acreditam que dentro de 15 ou 20 dias a oferta deve voltar a cair.
O atacado trabalhou em alta ao longo da semana, isso porque a oferta de carne está controlada, uma vez que as vendas externas são prioridade dos grandes frigoríficos. Além do mais, a demanda interna melhorou com o pagamento dos salários.
Nos últimos 7 dias o equivalente físico reagiu 1,4%, e pode subir mais no curto prazo. A defasagem para a cotação da arroba do boi gordo paulista é de 12,1%. Já foi pior, conforme pode ser visto no gráfico abaixo, mas permanece elevada.